Dia do Geógrafo

Os Geógrafos são responsáveis por estudar, analisar e compreender a lógica de produção e transformação do espaço humanizado, bem como a relação deste com o meio natural.  Além de trabalhar com mapas, uma das ferramentas mais associadas à profissão, o geógrafo também trabalha com técnicas de geoprocessamento, sensoriamento remoto e climatologia geográfica, podendo até participar da elaboração de relatórios de impactos ambientais e atuar no planejamento urbano e regional. 

Esses profissionais são essenciais para a compreensão e análise entre a interação humana e a terra em que vivemos. Suas capacidades teóricas e técnicas são fundamentais para diversos setores, que incluem planejamento urbano e regional, gestão de recursos, análise de desastres naturais e geopolítica, analisando diferentes aspectos, como clima, relevo, solo, recursos naturais, tecnologia, infraestrutura, entre outros. 

Oficialmente estabelecida no Brasil pela Lei nº 6664/79, visando a definir os requisitos para sua execução e áreas de atuação direta, a data da comemoração do Dia do Geógrafo foi instituída em 29 de maio de 1936, paralelamente à criação do Instituto Nacional de Estatística, atual Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O curso de Geografia foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC e as atividades desempenhadas pelos profissionais formados na área foram normatizadas pela Resolução Nº 1.010, pelo Decreto nº 85.138 e pela Lei Federal Nº 6.664, publicada em 22 de agosto de 1979 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Em 29 de maio, comemora-se o Dia do Geógrafo.

Graduação

O curso confere o título de bacharelado e licenciatura, possuindo cerca de quatro a cinco anos de duração. Trata-se de uma jornada que prepara os alunos para se tornarem especialistas na interação entre a sociedade e a natureza. Neste processo, os estudantes são introduzidos a disciplinas como Química, Geologia, Matemática, Física, Astronomia, Antropologia, Biologia, entre outras disciplinas que servem como base para o conhecimento prático do geógrafo. Lembrando que a Geografia faz parte das disciplinas desde as séries da educação infantil, havendo grande demanda por pessoas com este tipo de qualificação.

Pós-Graduação

A pós-graduação em Geografia, assim como o mestrado e doutorado, oferece uma gama de oportunidades para que o profissional possa aprofundar sua compreensão dos princípios fundamentais da Geografia, bem como técnicas avançadas utilizadas para coleta e interpretação de dados, estudo e prevenção de desastres naturais, análise de padrões climáticos, estudo de relações entre territórios, que incluem questões como fronteiras, disputas territoriais e distribuição de poder global. Podendo o geógrafo se especializar nas seguintes áreas:

  • Geografia Urbana: permite o aprofundamento no estudo das cidades, suas dinâmicas, desafios e planejamento urbano. Os profissionais desta área podem trabalhar em órgãos públicos, consultorias urbanas, ONGs e instituições de pesquisa. 
  • Meio Ambiente: capacita os profissionais a lidar com questões relacionadas à conservação, uso sustentável de recursos naturais e gestão ambiental. Podendo trabalhar em órgãos governamentais, empresas privadas, ONGs e consultorias ambientais. 
  • Geotecnologias: concentra-se no uso de tecnologias como sensoriamento remoto, sistemas de informação geográfica (SIG) e GPS para análise espacial e tomada de decisões. Os profissionais desta área trabalham com planejamento territorial, gestão de recursos naturais, agricultura de precisão, monitoramento ambiental e navegação. 
  • Geopolítica e Relações Internacionais: permite aos profissionais uma visão avançada entre território, poder e política em nível nacional e internacional. Eles podem atuar em órgãos governamentais, instituições acadêmicas, centros de pesquisa e organizações internacionais. 
  • Geografia Econômica: tem como foco a criação de uma visão analítica e perceptiva em questões de interseção entre a sociedade, a economia e o espaço geográfico de modo geral. Permitindo assim, o desenvolvimento de competências e habilidades para a análise das transformações socioespaciais e econômicas que ocorrem em diversas escalas geográficas. Os profissionais desta área podem atuar em empresas privadas, ONGs, empresas de consultorias, órgãos governamentais e outros. 

O Crea-RJ parabeniza todos os geógrafos por seu papel fundamental em nosso entendimento do mundo, que com seu conhecimento ajudam a promover o desenvolvimento, o equilíbrio e a consciência social.

Dia do Engenheiro de Custos

Os engenheiros de custo atuam em todas as etapas do ciclo de vida de um projeto, desde sua concepção até a sua conclusão, sendo eles responsáveis por gerenciar e controlar os custos de projetos de construção e de Engenharia, estimando os custos iniciais, analisando propostas de fornecedores e empreiteiros, monitorando e controlando os gastos durante a execução do projeto, além de fornecer relatórios financeiros detalhados aos clientes e partes envolvidas. 

Esses profissionais são fundamentais para assegurar a viabilidade operacional e econômica de um projeto, além de garantir que esses projetos sejam concluídos dentro do orçamento previsto e com eficiência financeira. Eles também atuam em uma ampla variedade de projetos desenvolvidos pela área civil, como transporte, comunicação, construção e outras possibilidades, podendo trabalhar para empresas públicas ou privadas. 

O curso de Engenharia de Custos foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC, e as atividades desempenhadas pelos profissionais formados na área foram normatizadas pela Resolução Nº 2018, publicada em 29 de junho de 1973 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Em 27 de maio, comemora-se o Dia do Engenheiro de Custos.

Graduação

O curso de Engenharia de Custos confere o título de bacharelado e possui uma duração média de quatro a cinco anos. Trata-se de uma jornada que prepara os estudantes para se tornarem especialistas em gestão financeira e produção de um projeto. Neste processo, os alunos mergulham em disciplinas como Matemática, Avaliação Econômica e Financeira, Licitações, Contratos e Negociação, Informática Aplicada,  Precificação de serviços e entre outras disciplinas que servem como base para o conhecimento prático do engenheiro de custos. 

Pós-Graduação

A pós-graduação em Engenharia de Custos, assim como o mestrado e doutorado, oferece uma gama de oportunidades para que o profissional possa aprofundar sua compreensão dos princípios fundamentais da gestão de custos, bem como técnicas avançadas utilizadas para estimativa, controle e análise financeira em projetos complexos. Podendo o engenheiro de custos se especializar nas seguintes áreas:

  • Infraestrutura: Esta especialização foca na gestão de custos específicos de projetos de infraestrutura, como estradas, pontes, túneis, sistemas de transporte, entre outros. Os engenheiros aprendem técnicas e métodos específicos para lidar com os desafios financeiros apresentados somente por projetos de grande escala e longa duração.

  • Construção Civil: Esta especialização concentra-se nos aspectos financeiros relacionados à construção de edifícios comerciais, residenciais, industriais e institucionais. Se aprofundando em métodos de estimativa de custos de construção, gestão de subcontratados, controle de custos e análise financeira exclusiva para o setor da construção civil.

  • Energia e Recursos Naturais: Esta especialização aborda os projetos relacionados à energia, como instalações de geração de energia, infraestrutura de petróleo e gás, projetos de mineração e energia renovável. Os engenheiros desta área aprendem a avaliar os custos associados a tecnologias específicas, analisar o retorno sobre o investimento em projetos de energia e gerenciar os riscos financeiros destes setores.

  • Tecnologia da Informação e Telecomunicação: Essa especialização concentra-se na gestão financeira em projetos relacionados a tecnologia da informação (TI) e telecomunicações, como implantações de redes de comunicação, desenvolvimento de software e infraestrutura de “data centers”. Os profissionais especializados nesta área exploram métodos para estimar e controlar os custos de hardware, software, serviços e infraestrutura de TI, além de analisar os benefícios financeiros associados a estes investimentos.

  • Sustentabilidade Ambiental: Essa especialização visa entender e gerenciar os custos associados a projetos de sustentabilidade ambiental, como construção ecológica, eficiência energética, gestão de resíduos e conservação de recursos naturais. Os profissionais desta área aprendem a avaliar o custo-benefício de iniciativas sustentáveis, a identificar oportunidades para reduzir os custos operacionais por meio de práticas ambientalmente responsáveis e garantir o cumprimento das regulamentações ambientais. 

O Crea-RJ parabeniza todos esses profissionais, que com seus conhecimentos e competências técnicas transformam, de forma positiva e inovadora, o desenvolvimento da sociedade.

Parabéns ao município de Maricá por seus 210 anos!

A colônia Maricá começou a ser povoada no início do século XVI, devido à necessidade da Coroa Portuguesa de defender o litoral de ataques dos corsários franceses. A partir de 1574, as terras foram doadas a colonizadores portugueses, divididas em sesmarias (lotes de terras distribuídos em nome do rei de Portugal, com intenção de incentivar o cultivo em terras virgens).

O primeiro centro efetivo de população, fundado por monges beneditinos em 1635, surgiu junto à Fazenda de São Bento, em São José do Imbassaí, onde foi construída a primeira capela dedicada à Nossa Senhora do Amparo. Em 1814, o local passou a se chamar Vila de Santa Maria de Maricá e, em 1889, o recém-criado governo republicano elevou a vila à categoria de cidade. O nome Maricá vem de uma árvore denominada Mimosa sepiaria Benth, popularmente conhecida como espinheiro-maricá, muito comum e abundante na região.

O naturalista britânico Charles Darwin incluiu Itaipuaçu em seu roteiro de pesquisas sobre fauna e flora da Mata Atlântica, em 1832. Os estudos resultaram em observações escritas no livro “A Origem das Espécies”, que tornou o cientista famoso no mundo todo. O circuito de trilhas por onde andou ficou conhecido como “Caminhos de Darwin” e é hoje uma atração turística de Maricá.

O Crea-RJ parabeniza Maricá por seus 210 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região!

Fonte: Prefeitura Municipal de Maricá

Seminário vai debater na PUC-Rio a questão da transição energética nas cidades

A transição dos sistemas energéticos mundiais para fontes de energia de baixo carbono é crucial para evitar impactos catastróficos do aquecimento global, que está na origem das mudanças climáticas que atingem todo o planeta. Para alcançar emissões líquidas zero antes do final deste século, é necessário promover uma mudança radical na forma como a energia é produzida e consumida. A maior parte da procura de energia acontece nas áreas urbanas. Portanto, sem envolver as cidades no processo de transição energética os esforços de descarbonização serão praticamente nulos.

Com essa visão, a Prefeitura do Rio, o Instituto de Energia da PUC-Rio e a ONU Habitat – o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos – se uniram para organizar o Seminário “ENERCITY - Rio: Capital da Transição Energética em Cidades”, que será realizado no próximo dia 28, terça-feira, das 9h às 13h, no auditório RDC da PUC-Rio, na Gávea, Zona Sul do Rio.

O seminário será aberto pelo prefeito Eduardo Paes; pelo reitor da PUC-Rio, padre Anderson Pedroso; pelo representante da ONU Habitat, Elkin Velasquez Monsalve; e pelo representante do Instituto de Energia da PUC-Rio, David Zylbersztajn.

“Com esse seminário, pretendemos fazer do Rio um projeto-piloto de transição energética para ser replicado por toda a América Latina “, destaca Zylbersztajn, um dos professores do Instituto de Energia da PUC-Rio, que vem promovendo estudos, cursos e seminários, com o objetivo de identificar desafios e oportunidades no setor.

Com os professores Edmar de Almeida e Eloi Fernández y Fernández, David Zylbersztajn publicou no jornal “O Globo artigo no qual adverte que para acelerar a transição energética no país é fundamental mobilizar as cidades, enquanto o debate e os estudos sobre política e regulamentação energética concentram-se no nível nacional.

“A transição energética tornou-se um dos assuntos mais debatidos nos círculos académicos, no governo e em foros empresariais, centralizado essencialmente na descarbonização pela substituição de combustíveis fósseis. No entanto, existe um ponto cego no debate sobre o assunto no Brasil: o papel das cidades. Aqui, política energética é considerada assunto federal, em menor grau estadual, menos ainda municipal. Vê-se pouco ou nenhum envolvimento das cidades no tema. Trata-se de um paradoxo, pois cerca de 70% das emissões energéticas acontecem nas cidades”, escreveram os professores do Instituto de Energia da PUC-Rio, um dos parceiros na realização do seminário.

“O ambiente urbano é o ponto cego na transição energética. O tema da energia está submetido a questões nacionais. Temos que fazer o foco no território urbano, já que as cidades são as grandes consumidoras de energia”, observa o diretor do Instituto de Energia da PUC-Rio, o professor Eloi Fernández y Fernández, que será um dos mediadores do seminário.

Evento paralelo oficial do “Rio, capital do G20”, o seminário Enercity vai contar também com a participação dos seguintes palestrantes: o secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chico Bulhões; Edmar de Almeida, do Núcleo KPMG/IEPUC de Transição Energética; a secretária municipal de Transporte, Maina Celidonio; Ernesto Pousada, presidente da Vibra Energia; Rafael Quaresma, presidente da Rio Trilhos; Guilherme Ramalho, presidente do Metrô Rio; Thiago Dias, subsecretário executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico; André Paro, diretor da Promon Engenharia; Flávio Lopes, presidente da Comlurb: Marilene Ramos, diretora da Águas do Brasil; Maurício Carvalho, presidente da Urca Energia; Nelmara Arbex, sócia líder ESG Alat; Lucas Padilha, presidente do Comitê Rio G20; e Marcelo Gattass, vice-reitor de Desenvolvimento da PUC-Rio.

O seminário vai abordar os seguintes temas: Transição energética e o marco conceitual e Transição Energética e o Rio de Janeiro (Mobilidade Urbana: Eficiência, Edificação e Território Urbano; e Água e Resíduos Urbanos).

O evento é também resultado de uma parceria entre Prefeitura do Rio, PUC-Rio e ONU Habitat, que assinaram uma carta de intenções com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento urbano sustentável nas cidades da América Latina. O acordo prevê atividades que possam ampliar a promoção de alianças e parcerias para implementação da Nova Agenda Urbana para o Desenvolvimento Sustentável e impactar positivamente o progresso, a prosperidade e a integração regional, particularmente com foco no setor de energia.

Nesta quinta-feira, a Prefeitura do Rio apresentou cinco iniciativas de eficiência e transição energética que estão sendo implantadas na cidade, durante a assinatura do Acordo de Cooperação Energética para compartilhar soluções sustentáveis e integradas com três municípios do estado: Maricá, Mesquita e Niterói.

O pacto foi assinado no Seminário de Boas Práticas – Cidades Eficientes e Transição Energética, no Palácio da Cidade, em Botafogo. O objetivo do “Transição Rio” é promover a transição energética na região metropolitana para estimular a geração de energias renováveis e a criação de empregos verdes nas cidades.

As iniciativas da Prefeitura do Rio para eficiência e transição energética na cidade são o Solário Carioca, uma PPP para implantação, manutenção e operação de uma Usina Solar Fotovoltaica; o Circo Solar, primeiro espaço cultural do Rio de Janeiro a gerar 100% da energia que consome; o programa Cidades Eficientes, um mapeamento dos consumos de energia e água das escolas municipais da cidade do Rio; o Centro de Energia e Finanças do Amanhã; e o projeto de aquisição de energia verde e renovável no mercado livre de energia, vencedor da categoria “Inovação e Sustentabilidade Ambiental”, no Prêmio InovaCidade 2023, realizado pelo Instituto Smart City America Business.

O Rio foi o primeiro município do Brasil a comprar energia no mercado livre, sem intermediação de concessionária. O projeto foi centrado no uso das energias eólica e solar para abastecimento do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), na Cidade Nova. Na primeira etapa do projeto, foi realizado um pregão para aquisição de mais de 76 mil MWh em um contrato de cinco anos, que resultou na economia de mais de R$ 30 milhões nas despesas de energia na sede administrativa municipal. Além disso, o projeto evita 40 mil toneladas de CO2 e zera as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Parabéns ao município de Itaboraí por seus 191 anos!

Itaboraí é o resultado da união de três importantes vilas do passado colonial e imperial do Brasil: Santo Antônio de Sá, São João de Itaboraí e São José Del Rey. Os engenhos de açúcar foram os responsáveis pelo desenvolvimento econômico de Itaboraí, sendo a principal atividade econômica do vale do Macacu-Caceribu durante todo o período colonial, perpetuando até o séc. XX.

Porto das Caixas, surgido no início do século XVIII,  foi importante entreposto comercial, responsável por todo o escoamento da produção agrícola da região e do interior fluminense que chegava pelo rio Aldeia, tendo a produção encaixotada para transporte até a Baía da Guanabara e de lá seguir rumo à Europa. 

Com a decadência do transporte fluvial e a posterior inauguração da Estrada de Ferro ligando P. Caixas a Cantagalo em 1860, e a da Carril Niteroiense, em 1874, ligando Niterói (então capital da Província do Rio de Janeiro) diretamente ao interior fluminense, viabilizando o escoamento mais vantajoso da produção cafeeira da região serrana, o antigo entreposto de Porto das Caixas da Vila de São João de Itaboraí entrou em declínio. Durante o século XX, o município teve destaque na produção de laranja e na indústria ceramista. O cultivo se  extinguiu, mas alguma produção cerâmica ainda permanece. 

A construção da ponte Rio-Niterói acelerou o processo de urbanização, tornando o município em uma “cidade-dormitório”, o que gerou sérios problemas ambientais e de infraestrutura. Ainda hoje, boa parte de sua população é empregada na capital, na região metropolitana e em alguns municípios da Baixada Fluminense.

O Crea-RJ parabeniza Itaboraí por seus 191 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região!

Fonte: Prefeitura Municipal de Itaboraí