88 anos de fundação do IBGE

Em 29 de maio de 1936, o Brasil testemunhou um marco histórico: a fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Nascido sob o nome de Instituto Nacional de Estatística (INE), o órgão federal viria a se tornar um pilar fundamental para o desenvolvimento do país, fornecendo dados precisos e confiáveis sobre o território e a população brasileira.

A criação do IBGE não foi um evento isolado. Desde o período imperial, o Brasil já reconhecia a importância de coletar e analisar dados estatísticos. Em 1871, a Diretoria Geral de Estatística foi fundada, mas a necessidade de um órgão mais abrangente e coordenado se tornou cada vez mais latente, especialmente após a implantação do registro civil em 1888.

Em 1934, o então presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto nº 24.609, instituindo o INE. Essa data marca o início oficial da história do IBGE, que viria a ser oficializado em 1940. A partir de então, o órgão se dedicou a realizar pesquisas e levantamentos abrangentes sobre o Brasil, abrangendo desde a demografia e economia até a Geografia e Cartografia.

O Censo Demográfico

Um dos primeiros grandes projetos do IBGE foi o Censo Demográfico de 1940, o primeiro realizado em todo o território nacional. Esse censo forneceu dados importantes sobre a população brasileira, como tamanho, distribuição espacial, composição racial e etnia, nível educacional e condições de vida. As informações coletadas se tornaram essenciais para o planejamento de políticas públicas e investimentos em áreas estratégicas.

 

Ao longo dos anos, o IBGE se consolidou como uma instituição de referência no cenário nacional e internacional. O órgão expandiu seu escopo de atuação, realizando pesquisas e levantamentos cada vez mais complexos e abrangentes. Entre os principais trabalhos do IBGE estão:

 

  • Censos Demográficos: realizados a cada dez anos, fornecem um panorama detalhado da população brasileira.
  • Produção Agrícola Municipal (PAM): coleta dados sobre a produção agrícola em todo o país.
  • Pesquisa Nacional de Saúde (PNS): investiga as condições de saúde da população brasileira.
  • Pesquisa Mensal de Comércio (PMC): acompanha o desempenho do setor de comércio varejista.
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): mede a inflação no país.

 

A Importância do IBGE para o Brasil

O IBGE é peça fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Seus dados subsidiam a formulação de políticas públicas em diversas áreas, como educação, saúde, infraestrutura, segurança e desenvolvimento social. As informações coletadas pelo órgão também são utilizadas por empresas, instituições de pesquisa e a sociedade civil para embasar decisões estratégicas e promover o bem-estar da população.

Ao longo de sua história, o IBGE se consolidou como um símbolo de conhecimento e transparência. Seus dados são essenciais para o planejamento do futuro do Brasil e para a construção de uma sociedade mais justa e próspera. A instituição se dedica a garantir a qualidade e a confiabilidade de suas informações, utilizando metodologias rigorosas e tecnologias de ponta.

 

O Crea-RJ homenageia o IBGE por seu papel de referência nacional e internacional na produção de conhecimento, fornecendo dados cruciais para o desenvolvimento brasileiro. Nosso reconhecimento extensivo ao notável quadro técnico de geógrafas e geógrafos, cujas dedicação e  proeminência têm sido imprescindíveis para esse processo de disseminação e valorização da Geografia no país.

Seaerj tem proposta de alternativa ao Sistema Imunana-Laranjal: obra duraria quatro anos e custaria cerca de R$ 1 bilhão

Em seminário a ser realizado hoje, a Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio (Seaerj) vai apresentar a proposta de uma alternativa ao Sistema Imunana-Laranjal – que abastece dois milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá, e sofreu uma paralisação no mês passado por causa de uma tragédia ambiental no Rio Guapiaçu. Criado em 1954, portanto há 70 anos, esse sistema opera em sua capacidade máxima.

– Até agora ninguém conseguiu descobrir a origem da poluição por tolueno e caso isso volte a acontecer o abastecimento de água será novamente afetado. É preciso que haja uma alternativa, que seja feita uma grande obra, com a construção de um túnel-adutor de 48 quilômetros, ligando o Rio Paraíba do Sul a Guapimirim – afirma o vice-presidente da Seaerj, o engenheiro Francisco Filardi, que será o mediador do seminário “Reforço e garantia de abastecimento de água para a Região Metropolitana da Grande Rio e Grande Niterói”, que vai acontecer às 17h30m desta quarta-feira, dia 22, na sede da entidade, na Glória. 

O projeto de construção do sistema alternativo de abastecimento de água prevê quatro anos de obras a um custo aproximado de R$ 1 bilhão e 100 mil. Filardi observa que esses recursos poderiam ser obtidos por meio de financiamento do BNDES e do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Formado pela Universidade Federal Fluminense em 1961, Francisco Filardi ingressou em 1963 como engenheiro no Departamento de Estradas de Rodagem da Guanabara (DER-GB), responsável por soluções para o tráfego rodoviário que crescia na época, como resultado da expansão da indústria automobilística nacional. O engenheiro lembra ter trabalhado com o governador Carlos Lacerda, que construiu o sistema Guandu, prometendo água para o Rio até o ano 2000. Com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, o sistema passou a atender também a Baixada Fluminense. Vinte e quatro anos depois, o sistema Guandu já dá sinais de 

O evento contará com a presença dos engenheiros Carlos Eduardo Siqueira Nascimento, Flávio Miguez de Mello e Isaac Volschan Junior. O seminário tem o apoio de diversas entidades, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ), a  Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), a Associação dos Antigos Alunos da Politécnica (A3P); a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RJ), a Academia Nacional de Engenharia (ANE), e o IE – Instituto de Engenharia. (IE)

O evento é aberto ao público e será transmitido ao vivo no Canal da Seaerj no Youtube:

https://www.youtube.com/@seaerjoficial4648

MAIS INFORMAÇÕES 

Engenheiro Francisco Filardi cel (21) 99985-4835

Saiba mais sobre os palestrantes:

Carlos Eduardo Siqueira Nascimento foi engenheiro do Setor de Hidrologia da Eletrosul, de 1976 a 1997. Também atuou nas disciplinas: Hidrologia, Hidráulica I e Obras Hidráulicas, 2000/2001 na Escola de Engenharia na Universidade Federal de Santa Catarina. É consultor em hidrologia.

Flavio Miguez é engenheiro civil com especialização em hidráulica, pela UFRJ, e mestre em Ciência em Geologia pela mesma instituição. Flávio é referência em Engenharia de barragens e hidrelétricas. Atuou em projetos hidroelétricos em países da América do Sul, África e Europa. Atuou como professor visitante ou convidado em diversas universidades, dirigiu associações técnicas no Brasil e no exterior. 

Isaac Volschan é o professor Titular do Depto. de Recursos Hídricos e Meio Ambiente – Escola Politécnica da UFRJ, também já foi coordenador em cursos da UFRJ, coordenador em pesquisas no âmbito de programas da FINEP, CNPq, CAPES, FAPERJ, CYTED e Fundação COPPETEC. É atualmente Diretor de Engenharia da Aquacon Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda.