Benedicto Rodrigues: uma vida dedicada à Geologia Brasileira

O professor, geólogo, ambientalista e ex-conselheiro do Crea-RJ, Benedicto Humberto Rodrigues Francisco conta a sua bela trajetória profissional neste episódio do programa Crea-RJ Memória, gravado nos estúdios da WebTV, em 2021.

Conheça mais sobre o geólogo Benedicto Humberto Rodrigues Francisco e confira legado deixado por ele para a Geologia brasileira

Graduado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (1964) e em Licenciatura Português/Literatura pela Federação das Faculdades Celso Lisboa (1983), Benedicto Humberto Rodrigues Francisco cursou mestrado e doutorado em Geociências pela UFRJ, respectivamente, em 1976 e 1999, sendo uma figura destacada na Geologia Fluminense. 

Bené, como era carinhosamente chamado por seus alunos, colegas e amigos, nasceu em Bananal, cidade no interior de São Paulo, no dia 16 de setembro de 1940. Começou a se interessar pelo estudo da terra na fazenda de seu avô, a Fazenda Saudade, onde morava. 

Após terminar os estudos no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, prestou vestibular e foi aprovado para cursar Geologia na antiga CAGE - Campanha de Formação de Geólogos, criada pelo então presidente do Brasil Juscelino Kubitschek, em função da criação da Petrobras, e que mais tarde se tornou o Instituto de Geociências da UFRJ. 

Formou-se em 1964 e teve colegas de turma famosos, como o geólogo Guilherme Estrella, o pai do Pré-Sal.  Com uma grande vocação para lecionar, preferiu trilhar a carreira acadêmica, uma vez que na universidade poderia atuar como professor e também como pesquisador. Ao longo de sua carreira, desenvolveu diversas pesquisas de campo e publicou mais de 80 trabalhos.

Foi um dos grandes incentivadores da criação do curso de Geologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), onde se tornou um dos seus primeiros docentes e tendo trabalhado lá por 17 anos. 

Ao sair da UFRRJ, transferiu-se para o Museu Nacional da UFRJ, onde lecionou tanto na graduação quanto na pós-graduação do Instituto de Geociências da UFRJ. 

No Museu Nacional, o professor Benedicto foi vice-diretor da instituição entre 1994 e 1998, e idealizador e fundador do Curso de Especialização em Geologia do Quaternário, em 2000. Foi, ainda, professor do curso de Geologia da UERJ.

No Programa de Pós-Graduação em Geologia da UFRJ, dedicou-se ao estudo e preservação dos sambaquis de Saquarema, atuando no Centro Brasileiro de Arqueologia, onde chegou a ser presidente. Foi conselheiro do Clube de Engenharia, chefe da DRM/CE e conselheiro da Sociedade Brasileira de Geografia. 

No Crea-RJ foi Conselheiro por dois mandatos, representando o Clube de Engenharia, sendo membro da Câmara Especializada de Geologia e Minas (CEGM): de 01.01.2013 a 31.12.2015 e de 01.01.2016 a 31.12.2018. 

No Conselho, ocupou os seguintes cargos: 2º Diretor-Financeiro (de 02.02.2015 a 31.12.2015); Coordenador Adjunto da CEGM (de 03.02.2014 a 02.02.2016); Coordenador da Comissão Editorial (de 02.02.2015 a 31.12.2015 e de 14.02.2017 a 28.01.2018); Membro da Comissão de Educação (de 22.01.2014 a 01.02.2015); Membro da Comissão do Mérito (de 22.01.2014 a 01.02.2015) e Representante do Plenário na CEAGRI (de 01.09.2014 a 02.02.2016).

Apaixonado por Comunicação, gravou 200 episódios do programa Planeta Terra, abordando temas relativos às Geociências, na Web Rádio Crea-RJ. 

Em 2012, foi contemplado com o Prêmio Crea-RJ  de Meio Ambiente, e, em 2019,  com o Diploma do Mérito. Dentre as premiações de destaque, recebeu, ainda, Menção Honrosa da ALERJ, em 2008, pelos serviços prestados à Geologia do estado do Rio de Janeiro.

O geólogo Benedicto Humberto Rodrigues Francisco deixou um honroso legado para a Geologia brasileira.

15 de abril: Dia Nacional da Conservação do Solo

Existem três datas para comemorar o dia do solo: 15 de abril (Dia Nacional da Conservação do Solo); 22 de abril (Dia Internacional da Mãe Terra) e 5 de dezembro (Dia Mundial do Solo). 

Repleto de vida, o solo é um componente importante do ecossistema da Terra. Sendo o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação, o solo fornece às raízes fatores de crescimento, como suporte, água, oxigênio e nutrientes. É um recurso natural fundamental para a segurança alimentar, além de ser importante para a regulação do ciclo da água, na manutenção da biodiversidade e na mitigação das mudanças climáticas, ajudando a regular a temperatura e as emissões dos gases de efeito estufa. 

No Brasil, o 15 de abril foi instituído pela Lei 7.876, em 13 de novembro de 1989, por iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária, em homenagem ao dia do nascimento do conservacionista e agrônomo americano Hugh Hammond Bennett, considerado como um dos pioneiros no campo de conservação do solo nos Estados Unidos. 

A data tem como objetivo conscientizar e divulgar a importância do solo para a manutenção da vida na Terra e a proteção dos recursos naturais usados para garantir a sustentabilidade da agricultura e do meio ambiente, lembrando que as consequências da falta de sua conservação chegam a níveis mundiais, incluindo escassez de comida, alterações climáticas periculosas, secas, inundações e a elevação do nível do mar.

O Crea-RJ celebra o Dia Nacional da Conservação do Solo, reconhecendo a importância fundamental desse recurso natural para a vida no planeta! Destaca-se o papel crucial dos profissionais das áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea e Mútua na proteção do solo: engenheiros, agrônomos, geólogos, geógrafo e todos os que atuam no estudo e na pesquisa para o desenvolvimento e implementação de práticas sustentáveis de manejo e conservação do solo.

Presidente do Crea-RJ: ‘Poluição de tolueno que contaminou água de Niterói pode ter o mesmo impacto ambiental de Mariana e Brumadinho’

O presidente do Inea, Renato Bussiere, o secretário de Ambiente, Bernardo Rossi, e o presidente do Crea-RJ,  Miguel Fernández,  no marco zero da contaminação de tolueno no Rio Guapiaçu

O presidente do Inea, Renato Bussiere, o secretário de Ambiente, Bernardo Rossi, e o presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, no marco zero da contaminação de tolueno no Rio Guapiaçu

“O que aconteceu no manancial do segundo maior sistema de abastecimento de água do Estado do Rio, o Imunana-Laranjal, foi um desastre que pode ter o mesmo impacto ambiental das tragédias de Mariana e Brumadinho. O acidente mostra o risco atrelado à indústria petroquímica e a importância dos royalties pagos para que os órgãos públicos tenham condições de fazer ações de redução de risco. Isso não exime o fato de se descobrir os responsáveis e cobrar deles o ressarcimento pelos prejuízos.”

A avaliação é do presidente do Crea-RJ, o engenheiro Miguel Fernández, que esteve em inspeção técnica no Canal Imunana, em Guapimirim (RJ). Acompanhado do engenheiro Miguel Fernández y Fernández, o presidente do Crea visitou nesta sexta-feira, dia 12 de abril, o marco zero da tragédia, no município de Itaboraí, onde há um acampamento com cerca de 200 pessoas, entre técnicos da Transpetro, Cedae, Inea, e de concessionárias como Águas do Rio, além de agentes da Polícia Ambiental e bombeiros.

O acampamento da gestão da crise do tolueno recebeu também visitas do secretário de Ambiente e Sustentabilidade estadual, Bernardo Rossi, do presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Renato Jordão Bussiere, além de uma comissão da Alerj formada pelos deputados Rodrigo Amorim (PTB), Professor Josemar (Psol) e Luiz Paulo (PSD), que é engenheiro. O secretário de Ambiente afirmou que surgiu uma “lagoa de tolueno” numa área de 20 quilômetros quadrados, o equivalente ao município de Nilópolis, na Baixada. Naquele local, a quantidade do produto é de 800 microgramas por litro, quando o tolerável pelo Conama é de apenas 30.

Em reunião no trailer da Ambipar – contratada pela Petrobras – o deputado Luiz Paulo questionou o secretário de Ambiente sobre como as autoridades estão preparadas para lidar com uma chuva forte na região, que poderá aumentar a gravidade da contaminação. No caso de necessidade, os técnicos da Cedae informaram que estão prontos para suspender novamente o abastecimento de água do sistema Imunana-Laranjal. O secretário Bernardo Rossi disse reconhecer até a hipótese de fazer um desvio no canal.

O deputado Luiz Paulo lembrou que será preciso descontaminar todo o solo e ter um plano de contingência para que eventos como este não voltem a afetar o abastecimento de água.

“Vistoriamos toda aquela região e verificamos a gravidade do desastre ambiental com tolueno, que é um hidrocarboneto derivado do petróleo, em uma área bastante grande, fazendo fronteira com o Polo Gaslub. É necessário descontaminar todo o solo que está poluído e, mais ainda, ter um plano de contingência para que eventos como este não afetem o abastecimento de água”, afirmou o deputado Luiz Paulo, que sobrevoou a área com os deputados.

Técnicos da Cedae afirmam que a contaminação ameaça os manguezais da Baía de Guanabara. Vizinha à área do desastre, a APA de Guapimirim também está ameaçada, o que pode levar o MPF a entrar no caso.

Uma das barreiras instaladas para conter o tolueno no Rio Guapiaçu, em Itaboraí

Uma das barreiras instaladas para conter o tolueno no Rio Guapiaçu, em Itaboraí

A Cedae já conseguiu estabilizar a produção de água e zerar a contaminação no sistema Imunana-laranjal, mas o solo está contaminado. Basta uma chuva forte para colocar o sistema novamente em risco, prejudicando cerca de 2 milhões de pessoas.

O presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, percorreu a área do Rio Guapiaçu contaminada por tolueno. Miguel constatou que a área está repleta de barreiras para conter o produto químico, que está concentrado numa área de cerca de 20 quilômetros quadrados, em fazendas próximas ao Polo Gaslub Itaboraí, da Petrobras, o antigo Comperj.

Os técnicos da Cedae explicaram ao presidente do Crea que a produção da água foi estabilizada. A água do Canal Imunana — que faz parte do sistema de abastecimento de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Paquetá – está sendo monitorada de hora em hora, na captação, em Guapimirim, com o emprego de um medidor de oxigênio dissolvido on-line. Na estação de bombeamento, técnicos da Cedae trabalham diuturnamente colocando carvão ativado para purificar a água. No início foram usadas 30 bolsas de 500 quilos cada. Na sexta-feira, os técnicos estavam empregando 12 bolsas.

O Sistema Imunana-Laranjal é composto pelo Canal de Imunana, que capta e leva a água dos rios Guapiaçu e Macacu até a elevatória de água bruta através de um canal no município de Guapimirim. A água é então bombeada até a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Laranjal.

Noruega abre Chamada para empresas brasileiras nas áreas de pesquisa em Energias Sustentáveis e Petróleo

Alinhada com o acordo BN21 (Brasil-Noruega Século XXI) e que conta com a participação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Chamada conjunta entre a Finep e o Conselho de Pesquisa da Noruega (RCN) tem como objetivo o apoio a projetos de cooperação entre os dois países. 

Os projetos devem ser iniciados ainda em 2024 e o prazo de submissão é até 24 de abril de 2024.

Os órgãos de fomento dos dois países apoiarão projetos desenvolvidos em cooperação entre empresas brasileiras e norueguesas, nas linhas temáticas previstas: Energias Sustentáveis: Energia eólica, Energia solar, Hidrogênio e vetores energéticos à base de hidrogênio; e Petróleo: Redução de emissão de gases do efeito estufa; Tecnologias de subsuperfície; Perfuração, completação e intervenção; Produção, processamento e transporte; Acidentes de grandes proporções e ambiente de trabalho.

Pelo lado do Brasil, a Finep destinará até R$15 milhões para essa chamada conjunta, com a intenção de dividir esses recursos igualmente entre projetos de petróleo e de energia renovável. Adicionalmente, o FNDCT alocará até R$ 3 milhões para o CNPq, para financiar bolsas dos participantes brasileiros para atividades na Noruega. 

Esses recursos seguirão as regras do CNPq para bolsas nas modalidades Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior Junior e Senior (DEJ e DES, respectivamente). Cada empresa brasileira candidata deve escolher um coordenador brasileiro com currículo Lattes atualizado que será responsável pela indicação das bolsas da proposta aprovada.

Para mais informações, acesse o Edital e todos os anexos disponíveis em:  http://www.finep.gov.br/chamadas-publicas/chamadapublica/722

O Sistema Confea/Crea e Mútua é o responsável pela regulamentação da Engenharia de Petróleo e da Engenharia de Energias Sustentáveis, assim como o  Crea-RJ é o Conselho Profissional responsável pela fiscalização do exercício legal dessas profissões. Saiba mais sobre cada uma delas.

Engenharia de Petróleo

Engenharia de Energias Sustentáveis

Dia do Engenheiro Metalurgista

Os engenheiros metalurgistas são especialistas em todo o ciclo de vida dos materiais metálicos, atuando na elaboração de estudos e de projetos de processos metalúrgicos, desde sua extração da natureza até sua transformação em produtos úteis e duráveis. Eles dominam técnicas avançadas de processamento e tratamento térmico, garantindo a qualidade e a integridade dos materiais em todas as etapas de produção.

Por meio de relações que englobam disciplinas como matemática, física e química, esses profissionais desempenham um papel fundamental na pesquisa e desenvolvimento de novas ligas metálicas, buscando constantemente formas de aprimorar as propriedades dos materiais, tornando-os mais resistentes, leves e sustentáveis.

O curso de Engenharia Metalúrgica foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC, perante a Legislação Pertinente Lei 5.194/66 - Resolução CNE/CES 11/2002, e as atividades desempenhadas pelos profissionais formados na área foram normatizadas pela Resolução nº 2018 de 29 de junho de 1974 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Em 10 de abril, comemora-se o Dia do Engenheiro Metalurgista.

Graduação

O curso de Engenharia Metalúrgica confere o título de bacharelado e possui uma duração média de quatro a cinco anos. Trata-se de uma jornada que prepara os estudantes para se tornarem especialistas na ciência e tecnologia dos materiais metálicos. Neste processo, os alunos mergulham em disciplinas fundamentais, como física, química e matemática, além de matérias específicas da área, como metalurgia, física, processamento de materiais e corrosão.

Pós-graduação

A pós-graduação em Engenharia Metalúrgica, assim como o mestrado e doutorado, oferece uma gama de oportunidades para o profissional se desenvolver e aperfeiçoar suas habilidades técnicas em áreas específicas dentro da indústria. Ao longo do curso, os estudantes têm a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em laboratórios especializados, onde realizam experimentos práticos e aprendem técnicas avançadas de análise e caracterização de materiais. Além disso, são incentivados a participar de projetos de pesquisa em empresas do setor, ampliando sua experiência e visão prática sobre o campo da engenharia metalúrgica.

Área de atuação

A formação em Engenharia Metalúrgica abre portas para uma variedade de oportunidades profissionais, desde indústrias de metalurgia e siderurgia até empresas de mineração, automotivas e aeroespaciais. Estando aptos a atuar em diferentes áreas, como produção, controle de qualidade, pesquisa e desenvolvimento, sempre buscando soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios do setor.

  • Na metalurgia, o engenheiro metalúrgico trabalha desde a extração das matérias-primas até a fabricação de produtos finais. Aplicam seus conhecimentos no processamento de materiais e controle de qualidade para otimizar os processos industriais, garantindo a qualidade dos produtos e buscando, sempre, eficiência e sustentabilidade ambiental.
  • Na siderurgia, o metalurgista atua em todas as etapas do processo siderúrgico, desde a fusão dos minérios de ferro até a fabricação de produtos de aço.
  • Nas empresas de mineração, esses profissionais são responsáveis por desenvolver e aplicar tecnologias para extrair, processar e beneficiar os minérios, visando a obtenção dos metais desejados.
  • Na indústria automotiva, eles trabalham no desenvolvimento e na produção de materiais metálicos avançados, como ligas de alumínio e aços especiais, que são necessários para a fabricação de componentes estruturais, motores e sistemas de transmissão dos veículos.
  • Na indústria aeroespacial, os engenheiros metalúrgicos trabalham em prol da concepção e fabricação de materiais leves e resistentes, como ligas de titânio e materiais compósitos, utilizados na construção de aeronaves e foguetes.

O Crea-RJ parabeniza todos esses profissionais, que com suas competências técnicas transformam, de forma positiva e inovadora, o desenvolvimento da sociedade.

Conselhos de Engenharia, Arquitetura e dos Técnicos Industriais firmam parceria para ações conjuntas de fiscalização do exercício profissional

Pela primeira vez no país foi lançada, nesta sexta-feira, dia 5 de abril, uma parceria inédita entre três conselhos profissionais do Rio. Os presidentes do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio), do Conselho Regional de Arquitetura (CAU/RJ) e do Conselho Regional de Técnicos Industriais do Rio (CRT-RJ), respectivamente Miguel Fernández, Sydnei Menezes, e Gilberto Palmares. assinaram um protocolo de intenções para ações conjuntas de fiscalização do exercício profissional, em cerimônia na sede do CRT, na Rua Uruguaiana, no Centro do Rio. Juntos, os três conselhos reúnem cerca de 400 mil engenheiros, arquitetos e técnicos industriais.

O intercâmbio entre os conselhos deve provocar mudanças na autovistoria predial e de gás no Estado do Rio. O presidente do CAU-RJ, Sydnei Menezes, informou que na próxima semana haverá uma reunião de trabalho na Assembleia Legislativa para discutir o projeto de lei 1.556, de 2019, que propõe mudanças na autovistoria predial, em funcionamento desde 2013. Gilberto Palmares, do CRT, defendeu que a lei preveja a incorporação na autovistoria dos 90 mil técnicos industriais registrados no Conselho. Atualmente apenas engenheiros e arquitetos estão autorizados a fazer a autovistoria predial, no Rio.

A parceria entre os três conselhos profissionais será fundamental para o apoio institucional e a troca de informações a fim de garantir maior eficácia em ações conjuntas de fiscalização do exercício das profissões.

– Estive aqui em campanha e volto para reafirmar, neste ato simbólico, a importância de os três conselhos se unirem em torno de atividades comuns. Estamos construindo uma ponte importante para o exercício profissional, um espaço fundamental de diálogo e institucionalização – afirmou o presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, lembrando que em janeiro foi feito o mesmo tipo de parceria com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio.

O presidente do CAU/RJ, Sydnei Menezes, ressaltou que “nossas atividades profissionais se complementam” e há muito tempo essa parceria já deveria ter sido firmada. Menezes lembrou que o primeiro desafio do acordo entre os três conselhos será “a construção do projeto de lei sobre a autovistoria predial”.

O presidente do Conselho Regional de Técnicos Industriais, Gilberto Palmares, agradeceu aos presidentes do CREA e do CAU pela parceria entre os conselhos.

–  A sociedade também será beneficiada pela nossa parceria – destacou Palmares, que se licenciou e está sendo substituído na presidência por Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira.

Também participou do evento o presidente do Conselho Federal dos Técnicos Industriais, Solomar Rockembach, que parabenizou os três conselhos pelo protocolo de intenções. O Conselho Federal de Técnicos Industriais tem apenas seis anos. Durante o evento, o Conselho Regional dos Técnicos lançou o “Guia do Técnico Industrial – Resoluções Técnicas Comentadas e Normas para o Exercício Profissional”, publicado pelos CRT de Rio e de São Paulo.

Presidente Miguel Fernández participa de encontro com profissionais e empresários da Engenharia na AEERJ

O Crea-RJ fez uma visita institucional à Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ) nesta quinta-feira, dia 4 de abril. O objetivo da entidade foi promover um debate sobre a melhoria na qualidade dos serviços para os profissionais e empresas de Engenharia junto ao Conselho.

O presidente do Crea-RJ, engenheiro civil Miguel Fernández, se encontrou com membros da Associação, representantes do setor de infraestrutura e profissionais da Engenharia no auditório Luiz Fernando Santos Reis, na sede da entidade, no Centro do Rio.

O presidente da AEERJ, engenheiro Paulo Kendi Massunaga comentou a visita.

Eu acho que o CREA está realmente precisando dessa nova concepção de atuação porque não só as empresas, mas, principalmente, os profissionais, têm tido uma relação muito ruim com o Crea-RJ nos últimos anos e é preciso que realmente seja promovida uma mudança radical para que essa concepção mude bastante, que é o que a gente almeja.

O vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), engenheiro civil e empresário George Neder, esteve presente ao encontro e deu o seu testemunho sobre a nova gestão do Crea-RJ.

A gente sempre lutou pela Engenharia e pelo desenvolvimento econômico do Rio de Janeiro através da Engenharia. Então, nada mais oportuno do que um presidente do Crea que está conectado com essas pautas, preocupado com a Engenharia, como temos visto o presidente Miguel.

Durante a apresentação, o presidente do Conselho, Miguel Fernández, pontuou as primeiras ações da nova gestão, que está focada em três pontos principais: a melhoria da Comunicação do Conselho; a modernização da gestão de TI no sentido de melhorar a tecnologia entregue aos profissionais e empresas; e destacar a representatividade do Crea-RJ, ampliando a sua participação institucional na sociedade, através de estratégias conjuntas, ocupando espaço nos Conselhos representativos da sociedade.

Miguel Fernández afirmou:

A gente vem procurando estar cada vez mais presente para se tornar um player cada vez mais forte nas demandas do setor.

Depois de aberto o diálogo com a entidade, o presidente propôs que encontros entre as duas instituições sejam programados no decorrer deste ano para alinhamento de ações conjuntas.

Abril Verde pela Segurança no Trabalho

Abril é o mês dedicado à PREVENÇÃO, SAÚDE e SEGURANÇA NO TRABALHO. O Abril Verde é uma campanha anual que visa à conscientização sobre a importância desses pilares fundamentais para a garantia de um ambiente laboral saudável e eficiente.

De acordo com o Ministério da Economia, em 2022, foram registrados 713.442 acidentes de trabalho no Brasil, sendo, desse total, 5.778 fatais. As principais causas de acidentes de trabalho são quedas de altura, contato com máquinas e equipamentos, esforços físicos repetitivos e exposição a agentes nocivos.

A prevenção de acidentes e doenças ocupacionais requer um esforço conjunto das empresas, dos empregados e colaboradores, bem como das instituições reguladoras. A adoção de medidas preventivas, como treinamentos de segurança, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados e identificação de potenciais riscos no ambiente de trabalho, é essencial para a minimização dos riscos e na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Números recentes sobre acidentes de trabalho no Brasil:

713.442 acidentes de trabalho foram registrados em 2022

  • 5.778 desses acidentes foram fatais
  • 2.556 dos acidentes fatais foram típicos - ocorreram durante a jornada de trabalho
  • 3.222 foram atípicos - ocorreram no trajeto de ida ou volta do trabalho
  • Os setores com maior número de acidentes de trabalho foram:

Construção civil: 211.442

Indústria de transformação: 134.642

Serviços: 225.342

  • Os estados com maior número de acidentes de trabalho foram:
    • São Paulo: 211.442 
    • Minas Gerais: 82.244 
    • Rio de Janeiro: 54.442 
  • O Brasil perde cerca de R$ 400 bilhões por ano com acidentes de trabalho
  • Os acidentes de trabalho são a principal causa de morte entre jovens de 15 a 24 anos
  • A subnotificação é um dos problemas mais graves. Estima-se que apenas 30% dos acidentes de trabalho sejam notificados.

Os profissionais da Segurança do Trabalho são os responsáveis por identificar e avaliar os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos ou psicológicos presentes nos locais de trabalho. O objetivo é desenvolver e implementar medidas para controlá-los e minimizá-los, por meio de medidas de proteção coletiva e individual, a fim de prevenir acidentes e doenças ocupacionais e de promover a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. 

O Crea-RJ é o Conselho profissional que fiscaliza o exercício legal da profissão dos técnicos e dos engenheiros de Segurança do Trabalho. É o registro que demonstra que o profissional é tecnicamente habilitado para atuar na área. Além disso, por meio de eventos de capacitação, conscientização e informação, o Crea-RJ busca ampliar a garantia de ambientes de trabalho mais seguros e contribuir com a construção de uma cultura de prevenção e segurança, em todo o estado do Rio de Janeiro.