Aniversário de Macuco e São José de Ubá

Parabéns ao município de Macuco, por seus 29 anos!

A história de Macuco está ligada à construção da linha férrea pelo barão de Nova Friburgo, em 1860, unindo suas fazendas cafeeiras Boa Sorte, Gavião e Laranjeiras, todas localizadas na região conhecida como sertão do Macuco.  A ideia era facilitar o escoamento das grandes safras para a capital Rio de Janeiro. 

A ligação das três fazendas chamou a atenção do cantagalense Bernardo Clemente Pinto, que resolveu tomar para si a responsabilidade da construção de outro ramal férreo dividido em três seções: de Vila Nova a Cachoeiras, de Cachoeiras a Nova Friburgo e de Nova Friburgo a Cantagalo. Foi nessa ocasião que nasceu o povoado de Macuco. As composições eram movidas a tração animal, finalmente substituídas pelas locomotivas em 1883. 

O desenvolvimento da localidade proporcionou a criação, em 1890, do distrito de Paz de Macuco, desmembrado de Santa Rita do Rio Negro. Após a queda da cultura do café, uma nova era chegou a Macuco: a produção leiteira. Já no século XX, produtores de leite de Macuco se uniram para criar a até hoje conhecida Cooperativa Regional Agropecuária de Macuco. 

Em 31 de dezembro de 1943, foi criado o atual município de Cordeiro, formado pelos distritos de Cordeiro e Macuco, ambos integralmente desmembrados do município de Cantagalo. Finalmente, em face da edição da Lei nº 2.497, de 28 de dezembro de 1995, é criado o município de Macuco.

O Crea-RJ parabeniza Macuco por seus 29 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Parabéns ao município de São José de Ubá, por seus 29 anos!

A origem do município de São José de Ubá encontra-se ligada à de Cambuci, município ao qual pertencia quando foi emancipado. Ocupada inicialmente pelos índios puris, a região ficou conhecida como "ranchos dos ubás", pois abrigava os tropeiros oriundos das Minas Gerais. 

Sua ocupação territorial teve início a partir do século XIX, com a abertura de caminhos que seguiam o curso do rio Paraíba do Sul, seus afluentes Pomba e Muriaé e demais constituintes dessa bacia hidrográfica. Em sua maioria simples trilhas para passagem de tropas de mulas, percorriam a Região Noroeste a caminho da Zona da Mata mineira. 

Com o declínio da mineração, os mineiros saíram à procura de novas terras férteis para cultivar café, sendo este o principal fator de seu povoamento e urbanização, embora outras culturas tenham estado presentes em sua economia. 

A decadência do café levou a profundas mudanças na finalidade do uso das terras, mostrando a predominância progressiva das pastagens em contraponto ao decréscimo das áreas ocupadas por lavouras e matas. Na zona rural, as áreas antes cobertas pelos cafezais cederam lugar à pecuária leiteira, base de sustentação da indústria regional de laticínios, presente, em maior ou menor escala, na totalidade dos municípios da Região Noroeste.

No ano de 1960, iniciou-se o plantio de tomate, produto este que mudou a história econômica da cidade. São José de Ubá é hoje o 2º maior produtor de tomate do Rio de Janeiro. Sua emancipação político-administrativa foi oficializada em face da edição da Lei Estadual nº 2.459, de 28 de dezembro de 1995, e sua instalação efetivada em 1º de janeiro de 1997.

O Crea-RJ parabeniza São José de Ubá por seus 29 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte para todos os municípios: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

 

 

Lei reconhece a equivalência entre os diplomas de Geologia e Engenharia Geológica

No dia de 18 de novembro de 2024, foi promulgada a Lei nº 15.026, que estabelece a equivalência entre os diplomas de Geologia e Engenharia Geológica. Agora, os geólogos podem solicitar o título de Engenheiro Geólogo junto aos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas), consolidando direitos e deveres iguais para a categoria.

A proposta, originada pelo Projeto de Lei 435/2021, foi aprovada pelo Senado em outubro deste ano e sancionada pelo governo federal, trazendo maior segurança jurídica para os profissionais da área, ratificando o direito ao Salário Mínimo Profissional (SMP) da categoria, já há muito tempo defendido pelo Sistema Confea/Crea, isto é, seis salários mínimos para jornadas de até seis horas diárias ou 30 horas semanais, com a adição de 1.25 salários para cada hora adicional às seis horas diárias.

A medida também põe fim a eventuais interpretações que impediam os geólogos de cursarem especializações, como a de Engenharia de Segurança do Trabalho. Agora, fica claro o direito destes profissionais de ampliarem suas competências em qualquer estado, eliminando barreiras e fortalecendo sua posição no mercado.

Além disso, a legislação prevê o direito ao apostilamento do título de geólogo para engenheiro geólogo, uma ação que, apesar de opcional, é recomendada para fortalecer sua posição em situações específicas, como licitações ou disputas jurídicas relacionadas ao SMP.

Para os profissionais que possuem seu registro de origem no Crea-RJ, o pedido de mudança de título pode ser realizado em qualquer unidade de atendimento deste regional ou pelo e-mail atendimento@crea-rj.org.br

Presidência do Crea-RJ parabeniza engenheiro Vladimir Macedo por ser reconduzido ao cargo de conselheiro da Agenersa

O engenheiro de produção Vladimir Macedo (na foto à direita)

A presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) parabeniza o engenheiro de produção Vladimir Paschoal Macedo por ter sido reconduzido ao cargo de conselheiro da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa). O nome dele e da delegada de Polícia Civil Gisele de Lima Pereira foram indicados pelo Governo do Estado e aprovados pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). 

Ambos os conselheiros haviam sido sabatinados pela Comissão de Normas Internas e Proposições Externas da Alerj. Os nomes dos conselheiros foram aprovados pela Alerj nesta terça-feira, dia 17 de dezembro, em discussão única. Ambos já trabalham na Agenersa e serão conselheiros pelos próximos quatro anos.

“A Agenersa é fundamental para a regulação das concessões de energia e saneamento e é muito importante ter entre seus conselheiros um profissional das engenharias. Isso garante uma ação regulatória de qualidade que resulta em bons serviços prestados pelas concessionárias. Isso mostra também a relevância de termos engenheiros nos cargos de direção de atividades como a de energia e saneamento”, afirmou o presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández. 

Criada em 6 de junho de 2005, por meio da Lei estadual n° 4556, a Agenersa exerce o poder regulatório dos contratos de concessão e permissões de serviços públicos licitados e elaborados pelo poder executivo estadual, por meio de secretarias de estado das áreas de energia e saneamento básico. Atualmente, a Agência fiscaliza os serviços prestados por 14 concessionárias. A Agenersa tem no total 24 engenheiros, entre eles o conselheiro José Antônio de Melo Portela Filho.

O engenheiro Vladimir Paschoal Macedo já atuou como conselheiro da Agenersa e teve sua recondução ao posto referendada pela Comissão da Alerj. Suas principais tarefas na Agência são o acompanhamento da distribuição de gás natural canalizado, do abastecimento de água, da coleta e tratamento de esgoto e da disposição de resíduos sólidos.

Macedo é engenheiro de produção com doutorado em economia pela UFF, MBA executivo em regulação pela FGV e pós-graduação em gestão pública municipal pela UFF. Além de conselheiro da Agenersa desde 2021, ele também é coordenador nacional da Câmara Técnica de Petróleo e Gás da Associação Brasileira de Agências Reguladoras desde 2022. 

Crea-RJ apura com rigor queda da árvore de Natal em Maricá

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) informa que está apurando com todo rigor as responsabilidades pela queda da árvore de Natal de 60 metros de altura no município de Maricá, resultando na morte de um operário. 

A fiscalização do Crea esteve no local da tragédia e já está buscando informações com a empresa que construiu a árvore. A fiscalização constatou que há responsável técnico pela construção civil, mas, por se tratar de uma estrutura maritima, ainda não foi localizado o responsável técnico pela estrutura flutuante.

O Crea vai também pedir informações a outras autoridades competentes, como a prefeitura de Maricá e a Marinha do Brasil, já que a estrutura flutuante está na Lagoa de Araçatiba.

“Vamos apurar até o fim as responsabilidades por esse caso e identificarmos os profissionais que podem até ser levados à Comissão de Ética do Crea-RJ e ter seus registros cancelados”, afirmou o presidente do Crea, engenheiro Miguel Fernández.

 

Dia do(a) Engenheiro(a) de Produção

A Engenharia de Produção é o ramo que se dedica a projetar e gerenciar sistemas produtivos relacionados a bens e serviços, associando matéria-prima, máquinas e meio-ambiente com as práticas da sociedade, melhorando a eficiência dos processos e qualidade dos produtos finais. 

Os profissionais desta Engenharia atuam em múltiplas áreas como na gestão dos recursos naturais, em sistemas de produção e operações, nas cadeias industriais e na manutenção da produção. Também são encarregados pela coordenação e fiscalização das equipes de trabalho, assim como obras e serviços técnicos. Executam perícias e avaliações, definem estratégias para implementar sistemas de gestão e sua atuação é pautada pela segurança e preservação do meio ambiente, reduzindo os impactos socioambientais.

O curso de Engenharia de Produção foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC e as atividades desempenhadas pelos profissionais na área foram normatizadas pela Resolução Nº 235, de 9 de outubro de 1975, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Já a Resolução N°288, de 7 de dezembro de 1983, também do Confea, designa o título e estabelece as novas habilitações em Engenharia de Produção e Engenharia Industrial. 

No dia 17 de dezembro é comemorado o Dia do(a) Engenheiro(a) de Produção. 

Graduação

O curso de Engenharia de Produção confere o título de bacharelado e possui duração média de cinco anos. É uma graduação na qual os alunos podem estudar disciplinas que envolvem conhecimentos da área das Ciências Exatas (Física e Matemática) e Ciências Humanas e Sociais, divididos em três eixos com conteúdos básicos, profissionais e específicos. Entre elas, destacam-se: Análise de Dados; Algoritmos para a Engenharia; Bases Econômicas; Custos Industriais; Eletrotécnica; Ergonomia no Trabalho; Mercado Financeiro; Mobilidade de Sistemas e Transportes; Planejamento e Controle da Produção;Projeto Logístico de Distribuição; Segurança e Saúde no Trabalho e Ética Socioambiental. 

Os estudantes também estarão aptos para atuar em indústrias de automóveis a eletrodomésticos; empresas de serviços como transporte; na construção e em consultoria de qualidade. Na Gestão de Qualidade, identificam o que pode ser melhorado e na Gestão de Produção, envolvem os diferentes estágios da cadeia produtiva, desde a matéria-prima até a entrega nas mãos dos consumidores. 

Pós-graduação

A pós-graduação em Engenharia de Produção, assim como o mestrado e o doutorado, oferece diversas oportunidades, tanto na área de pesquisas quanto na atuação no mercado de trabalho. Ao inovar em tecnologia na formação desses profissionais, com teoria e prática, a pós capacita os(as) engenheiros(as) a atuar nas mais diversas frentes relacionadas com a Engenharia de Produção. Segundo apresentado pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro), esta modalidade está relacionada a essas especializações: 

- Engenharia Econômica: é a formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a tomada de decisões. É composto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica. O(A) engenheiro(a) que se voltar para essa especialização encontrará módulos de Gestão Econômica, Gestão de Custos, Gestão de Investimentos e  Gestão de Riscos.

- Engenharia de Operações e Processos da Produção: são projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos, sejam eles bens ou serviços, primários da empresa como matéria-prima ou energia. Os estudantes da pós terão disciplinas como Gestão de Manutenção; Planejamento, Programação e Controle de Produção;  Projeto de Fábricas e de Instalações Industriais e Processos Produtivos Discretos e Contínuos. 

- Engenharia de Qualidade: é a especialização que aborda o planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o gerenciamento por processo, a abordagem factual para a tomada de decisões e a utilização de ferramentas de desempenho. Entre as suas disciplinas, encontram-se Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade; Organização Metodológica da Qualidade e Confiabilidade de Processos e Produtos. 

- Logística: São técnicas para tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos. Tem como objetivo a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, assim como o atendimento de acordo com os níveis de exigência dos clientes. Algumas matérias estudadas por esta seção são Gestão da Cadeia de Suprimentos; Gestão de Estoques; Logística Empresarial e Transporte e Distribuição Física; 

- Pesquisa Operacional: para a resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisões, através de modelos matemáticos processados por computadores. Aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas. Introduzem elementos de objetividade e racionalidade na definição de decisões, mesmo ainda levando em conta as subjetividades e enquadramento organizacional dos desafios.

 

O Crea-RJ parabeniza todos os(as) engenheiros(as) de Produção pela sua dedicação e emprego de novas técnicas para o desenvolvimento de bens e serviços que são essenciais para a manutenção não apenas de empresas e indústrias, mas para todos os âmbitos da vida social. 

Confira o vídeo!

 

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta déficit de 75 mil engenheiros no país

O Brasil enfrenta uma crise na formação de novos engenheiros, com um déficit estimado de 75 mil profissionais, aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A lacuna revela não apenas a insuficiência de profissionais na área, mas também desafios estruturais e educacionais que limitam o ingresso e a permanência de jovens em cursos de Engenharia.

Dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) mostram que o país forma cerca de 40 mil engenheiros anualmente, enquanto países do BRICs, como Rússia e China, chegam a formar mais de 450 mil profissionais no mesmo período. Ainda, entre 2014 e 2021, o Brasil perdeu cerca de 150 mil estudantes matriculados em cursos de Engenharia, conforme o levantamento da CNI. 

Essa evasão tem múltiplas causas, como destaca Marcos Gabriel Oliveira de Souza, 24 anos, estudante de Engenharia Mecatrônica na Universidade de Brasília (UnB). 

“Noventa e nove por cento dos meus colegas deixam de ser engenheiros para se tornarem programadores ou buscam concursos públicos em áreas fora da Engenharia. É mais fácil e recompensador a curto prazo. Trabalhar como engenheiro exige muita obstinação ou, muitas vezes, o ‘caminho das pedras’, como ter familiares na área para facilitar o acesso ao mercado.” 

A professora Michelly de Souza, titular do Departamento de Engenharia Elétrica e vice-reitora de Extensão e Atividades Comunitárias da Fundação Inaciana Padre Saboia de Medeiros (FEI), aponta para a crise econômica vivida pelo Brasil entre 2014 e 2021. “A redução de investimentos em infraestrutura e em desenvolvimento tecnológico gerou incertezas quanto às perspectivas de carreira, levando os jovens a optarem por cursos com maior previsibilidade de empregabilidade no curto prazo.” 

Além disso, as deficiências no ensino básico em ciências exatas comprometem a preparação de futuros engenheiros. “Inicialmente, o interesse da criança e do jovem precisa ser despertado de forma lúdica, aguçando a curiosidade e o interesse em resolver problemas reais. O direcionamento diferente deve ser com foco no propósito, e não nos meios para alcançá-lo”, destaca Michelly. 

Atração de jovens 

Para tornar a Engenharia mais atrativa, especialistas defendem uma abordagem integrada entre governo, instituições de ensino e empresas. A ampliação de programas de bolsas de estudo, financiamento estudantil e incentivos fiscais para empresas que investem em programas de estágio são algumas das medidas propostas. 

A superintendente nacional de operações e atendimento do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), Mônica Vargas, destaca que a agência administra cerca de 9,3 mil estagiários de Engenharia em todo o país. Contudo, para ampliar esse número, o Ciee tem apostado em ações de incentivo desde o ensino médio. 

“Temos empenhado esforços para participar de movimentos e realizar parcerias que possam despertar o interesse do estudante do ensino médio pelas exatas. Um exemplo dessa aproximação é o movimento com as faculdades Poli-USP, FEI, Mackenzie e Mauá, todas em São Paulo. Entendemos que, ao passo desse incentivo, alguns estudantes podem optar por carreiras nas áreas de Matemática, Tecnologia, Engenharia e correlatas”, explica Mônica. 

Apesar dos esforços, a superintendente reconhece que muitos jovens ainda se afastam da Engenharia devido à falta de afinidade com Matemática e ao desconhecimento das múltiplas oportunidades oferecidas pela profissão. “O que precisamos é tornar a aprendizagem da área de exatas mais atraente para os estudantes do Ensino Médio e, como um efeito cascata, aumentar o número de ingressos e conclusões nos cursos de Engenharia. Estamos falando de um processo a médio e longo prazo, por isso é necessário começar o quanto antes”, afirma. 

Mudança curricular 

Para reverter o cenário desanimador da formação em Engenharia no Brasil, Marcos Gabriel defende uma reforma curricular que priorize a prática das atividades. “Temos muitas matérias experimentais, que são matérias antigas, com experimentos antigos, e as aplicações práticas que passam para nós são inúteis na vida real. Não vemos como é a Engenharia, de fato, na prática”, relata o estudante da UnB, que também destaca o mau aproveitamento dos estagiários pelas empresas, muitas vezes, utilizados apenas como “alguém para formatar documentos”. 

A professora Michelly de Souza destaca que a abordagem sugerida por Marcos Gabriel não apenas reforça o vínculo entre a teoria e a prática, como também instiga a curiosidade e o interesse daqueles que estão escolhendo qual curso fazer. “Para que os jovens compreendam essa nova visão da Engenharia, é importante oferecer a eles experiências práticas. Incentivar a participação em projetos de pesquisa desde cedo também estimula a curiosidade e o desenvolvimento de habilidades científicas”, diz. 

Entre as especializações mais demandadas, atualmente, estão Engenharia Civil, Produção, Mecânica, Computação e Elétrica, de acordo com o Ciee. A média de bolsa-auxílio para estagiários nas áreas é de R$ 1.146, acima da média nacional, de R$ 1.108. 

Mônica enfatiza que aumentar a oferta de estágios é uma solução para mitigar o déficit de profissionais. “As empresas precisam abrir mais vagas para cursos de Engenharia. Durante o estágio, temos a oportunidade de preparar esse jovem para o mercado, aumentando as chances de retenção após a graduação”, afirma a superintendente. 

Para Michelly, a retenção de estudantes passa pela criação de um ambiente universitário mais acolhedor, com suporte psicológico e atividades extracurriculares. “É comum que os alunos de Engenharia enfrentem dificuldades nas disciplinas fundamentais, especialmente, nos primeiros semestres, o que pode levar à evasão. Ao proporcionar um ambiente de aprendizagem favorável, com salas de estudo adequadas e recursos tecnológicos, adotando metodologias ativas e oferecendo laboratório equipados com as mais recentes tecnologias, buscamos estimular o engajamento dos alunos, cultivar a resiliência e facilitar a superação dos desafios iniciais”, enumera.

Fonte: Correio Braziliense/ 15 de dezembro de 2024

Aniversário de Paty do Alferes e de São José do Vale do Rio Preto

Parabéns ao município de Paty do Alferes, por seus 35 anos!

A evolução histórica de Paty do Alferes, município originário de Vassouras, acha-se ligada à expansão da cultura cafeeira no vale fluminense do rio Paraíba do Sul. A penetração na área do atual município de Paty do Alferes teve origem nas primeiras explorações que visavam a transpor a serra do Mar, com a abertura do Caminho Novo do Tinguá no século XVII.

As terras de dois alferes de ordenança, Leonardo Cardoso da Silva e Francisco Tavares, eram conhecidas na época como “roça do alferes” e nelas havia grande quantidade de patis – palmeiras de pequeno porte. Daí o nome atual. 

Em 1739, já existiam na região várias propriedades, como Grande, Manga Larga, Governo e Freguesia, onde hoje se situa a localidade de Arcozelo. Essas terras férteis, banhadas pelo ribeirão de Ubá e o rio do Saco, primeiro acolheram o plantio da cana-de açúcar. 

Um século depois, o café viria a brotar, fazendo nascer também uma aristocracia rural formada por nobres ligados à Corte. Elevada ao posto de vila em 1820 pelo rei de Portugal, dom João VI, com a consequente emancipação dada por alvará de 4 de setembro daquele ano, Paty do Alferes continuou crescendo apenas dentro dos limites das grandes fazendas e não houve interesse pelo desenvolvimento urbano.

Quando a sede foi transferida, em 1833, para a vila de Vassouras, a nobreza rural patiense permaneceu atuando ativamente na política. Nesse período, ali viveu o líder negro de escravos Manoel Congo. Ele reuniu sob sua liderança escravos amotinados fugitivos de diversas fazendas da região, tendo sido preso e enforcado em 1839. 

Durante um século e meio, Paty do Alferes permaneceu como distrito de Vassouras, até 1º de janeiro de 1989, quando o município foi instalado, em função da edição da Lei nº 1.254, de 15 de dezembro de 1987.

O Crea-RJ parabeniza Paty do Alferes por seus 35 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Parabéns ao município de São José do Vale do Rio Preto, por seus 37 anos!

A povoação dos sertões do rio Paraíba deve-se, em princípio, à proximidade com os caminhos para as Minas Gerais e com o mercado consumidor da então capital Rio de Janeiro. 

Entre esses dois pólos de desenvolvimento, muitas de suas estradas foram vias de escoamento da produção das fazendas originárias das antigas sesmarias distribuídas na região, que remetiam os seus produtos para o Rio de Janeiro ou para as Minas Gerais. Algumas estradas serviam, também, como desvios para os carregamentos de ouro que não queriam passar pelos registros da Coroa portuguesa. 

Os primeiros povoados da região do rio Paraíba foram constituídos pelas famílias mineiras que atravessavam o rio Paraíba do Sul, depois da queda da atividade de mineração, em busca de novas terras para a agricultura, principalmente a cultura do milho. Também vieram os plantadores de café, trazendo a experiência do plantio realizado em outras regiões da província. Completaria esse quadro a presença de colonos portugueses e, a seguir, de italianos. 

No início do século XIX, dom João VI distribuiu sesmarias e incentivou o plantio de café, que veio a se constituir na nova riqueza nacional. Na província do Rio de Janeiro, a cultura do café produziu os seus primeiros efeitos com a criação das grandes fazendas e o surgimento dos barões do café. 

O esgotamento do solo, a libertação dos escravos e a queda internacional do preço do café, de 1888 a 1929, levaram ao fim da produção. Um novo ciclo econômico foi paulatinamente se instalando em São José do Rio Preto por meio da avicultura, que trouxe de volta o desenvolvimento. 

O ciclo da avicultura harmonizou-se com a agricultura e com o fornecimento de adubo para a lavoura. A olericultura também tomou grande vulto na economia riopretana. De 1950 a 1960, no auge da avicultura, São José do Rio Preto foi considerado o maior centro avícola da América do Sul. Começaram, nessa época, a surgir novos loteamentos, comércios, colégios e hospitais, trazendo crescimento e progresso. 

Incorporado como quinto distrito de Petrópolis desde 1892, São José do Rio Preto conseguiu sua emancipação somente em 1987, por força da Lei nº 1.255, de 15 de dezembro, com a denominação de São José do Vale do Rio Preto. A instalação se deu em 1º de janeiro de 1989.

O Crea-RJ parabeniza São José do Vale do Rio Preto por seus 37 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte para todos os municípios: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

 

Dia do(a) Engenheiro(a) de Pesca

A Engenharia de Pesca é a área responsável pelo planejamento, análise e produção de organismos aquáticos como peixes, crustáceos, frutos do mar e algas, respeitando a manutenção da biodiversidade marinha e, consequentemente, a diminuição da pesca predatória. Suas atividades também estão relacionadas com a utilização de novas técnicas de exploração, armazenamento, transporte e a comercialização dos produtos da indústria pesqueira e das atividades artesanais relacionadas. 

Os profissionais da área ganham ainda mais notoriedade no cenário das mudanças climáticas ao desempenhar funções e criar técnicas voltadas para a manutenção do desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos pesqueiros, cuidando do meio ambiente, em específico dos ecossistemas aquáticos, ao minimizar os impactos dessas transformações sem torná-las irreversíveis, como o possível desaparecimento dos corais. 

O curso de Engenharia de Pesca foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC e as atividades desempenhadas pelos profissionais na área foram normatizadas pela Resolução Nº 279, de 29 de junho de 1983, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). 

No dia 14 de dezembro, comemora-se o Dia do Engenheiro de Pesca. A data foi escolhida em homenagem ao dia da colação de grau da primeira turma de engenheiros de pesca no país, no estado de Pernambuco em 1974. 

Graduação

O curso de Engenharia de Pesca confere o título de bacharelado e possui duração média de cinco anos. Trata-se de uma trajetória na qual os alunos têm a oportunidade de estudar disciplinas que envolvem Botânica Aquática, Dinâmica de Populações Pesqueiras, Ciências Agrárias, Ecologia, Fisioecologia de Animais Aquáticos, Oceanografia, Poluição Aquática, Topografia, Zoologia e Ética. A Matemática também é uma das bases para a aplicação de novas invenções para otimizar a pesca e a devida instrumentação dos métodos científicos. 

Assim, o curso capacita os profissionais para estarem aptos a desempenhar, na prática, suas funções na reprodução de peixes, técnicas de cultivo e nutrição dos seres aquáticos, tal como o controle da qualidade da água, a partir da análise química, cuidados sanitários, instalação e manutenção de equipamentos. Os(As) engenheiros(as) podem se encarregar de setores voltados para gerenciamento de empresas pesqueiras, na fiscalização e acompanhamento ambiental. 

Pós-graduação

A pós-graduação em Engenharia de Pesca, assim como o mestrado e o doutorado, oferece diversas oportunidades, tanto na área de pesquisa quanto na atuação no mercado de trabalho, com inovações tecnológicas aplicadas no ensino e capacitação desses profissionais. A especialização os prepara para operar de forma qualificada e atualizada em frentes específicas como:

- Aquicultura: a aquicultura é a área encarregada de cultivar, de forma controlada, organismos aquáticos como peixes, crustáceos, moluscos, plantas aquáticas ou seres vivos que vivem parcialmente no espaço hídrico, podendo ser continental e marinho. O cultivo também é realizado em fazendas, mas ao invés da terra, o meio é a água. Com o planejamento e uso da tecnologia dos conhecimentos da Engenharia de Pesca, é feita de modo a conservar os recursos naturais. 

- Ecotoxicologia Aplicada à Aquicultura: a ecotoxicologia é o estudo científico de como as substâncias químicas, sejam naturais ou artificiais, agem sobre os organismos vivos, o seu impacto no meio ambiente e na produção de alimentos. São responsáveis por prevenir, minimizar e combater possíveis poluentes que são encontrados no ecossistema aquático. Ela também procura entender a toxicidade dos tipos de reações químicas e bioquímicas.

- Processamento de produtos pesqueiros: como a pesca é uma atividade econômica, que envolve os mais distintos setores, os estudantes deste ramo terão como atribuições garantir a segurança alimentar ao eliminar riscos de contaminação; classificar o que foi pescado quando este chega à indústria; distribuição para os mercados consumidores, garantindo a qualidade dos produtos ao conservar os nutrientes que podem ser perdidos durante o processamento e se aprofundar em aspectos microbiológicos e desenvolver pesquisas para melhorar o processo de pesca com mais segurança e eficiência. 

- Tecnologia e Microbiologia do Pescado: a tecnologia aplicada ao desenvolvimento dessa área é necessária para prolongar a vida útil do pescado como o uso de refrigeração e congelamento, embalagens inteligentes que utilizam materiais que interagem com o produto, e a microbiologia se associa a essa prática para reduzir o crescimento de microorganismos que possam causar deterioração e doenças que possam ser transmitidas aos humanos. 

O Crea-RJ celebra o Dia do(a) Engenheiro(a) de Pesca e destaca a importância desses(as) engenheiros(as) para preservação da fauna e flora marinha, visando ao bem estar de todos os seres vivos, diminuindo impactos na natureza e a produção de fontes de alimentação saudáveis e com qualidade para a sociedade. 

Confira o vídeo!

Parabéns ao município de Três Rios, por seus 86 anos!

Nas primeiras décadas do século XVIII ocorreu o desbravamento da região de Três Rios, com a abertura do Caminho Novo do Tinguá por Garcia Rodrigues Paes. Seu objetivo era fazer chegar ao Rio de Janeiro, em tempo menor e com maior segurança, todo o quinto do ouro arrecadado pela Coroa portuguesa na região das Minas Gerais. 

Formaram-se alguns núcleos na área, como o de Nossa Senhora de Monte Serrat, que passou a desempenhar importante papel no estabelecimento do registro, forma de evitar o contrabando de ouro e diamantes e arrecadar os direitos reais de passagem. Outros núcleos também se desenvolveram, como os de Nossa Senhora de Bemposta e São Sebastião de Entre Rios, incentivados pelo fato de essa zona constituir o acesso entre Rio de Janeiro e Minas. 

O processo de desenvolvimento econômico operou-se graças à introdução da cultura do café no século XIX. Com a decadência da cafeicultura, porém, as terras foram ocupadas por agricultura de subsistência e pecuária de corte, posteriormente transformada em pecuária leiteira. 

Em 1867, foi implantada a estrada de ferro D. Pedro II, com cruzamento da estrada de rodagem no local (rodovia União e Indústria, inaugurada em 1861) tornando o núcleo importante entroncamento rodoferroviário. O pequeno povoado, formado às margens da rodovia, era conhecido como Entre-Rios. Somente após a República, em 1890, foi criado o distrito de Entre Rios que, juntamente com Monte Serrat, Areal e Bemposta, fazia parte do município de Paraíba do Sul. 

Em 1938, pelo Decreto nº 643, de 14 de dezembro, esses distritos foram desmembrados daquele município e constituíram o município de Entre-Rios, com instalação em 1º de janeiro de 1939. Todavia, o município viu-se obrigado a mudar sua denominação pela triplicidade do nome, existente em outros municípios brasileiros. 

A partir de 31 de dezembro de 1943, passou a chamar-se Três Rios, numa referência aos importantes rios – Paraíba do Sul, Piabanha e Paraibuna – que cortavam seu território. A localização do município dispõe de dois entroncamentos: ferroviário (ligação com Minas Gerais) e rodoviário (BR-040 e BR-393), o que permitiu a formação de indústrias e o crescimento do setor terciário. 

Em 1993, foram desmembrados de seu território os distritos de Comendador Levy Gasparian e Areal, ambos elevados à categoria de município.

O Crea-RJ parabeniza Três Rios por seus 86 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro