A entrega do Prêmio Parceiros da Mobilidade, lançado este ano pela Agetransp, será no dia 18 de dezembro, às 11h, no auditório da Fecomércio, no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. O objetivo é reconhecer iniciativas e personalidades que se destacaram no setor da mobilidade urbana.
Serão contempladas 10 iniciativas em diversas áreas de atuação. As categorias são as seguintes:
Personalidade do Poder Executivo;
Personalidade do Poder Legislativo;
Personalidade do Poder Judiciário;
Destaque da Imprensa;
Inovação em Mobilidade Urbana;
Servidor da Agetransp;
Personalidade do Setor de Mobilidade Urbana;
Melhores Práticas em Mobilidade Urbana;
Trabalho Técnico-Científico em Mobilidade Urbana e
Iniciativa da Sociedade Civil
A comissão responsável pela escolha dos vencedores é composta por representantes do Crea-RJ; Fecomércio, Coppe UFRJ, Setram/RJ e da Agetransp.
A Agetransp
A Agetransp é a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro e tem por finalidade exercer o poder regulatório, acompanhando, controlando e fiscalizando as concessões e permissões de serviços públicos concedidos de transportes aquaviário, ferroviário, metroviário e de rodovias no Estado do Rio de Janeiro.
A Agetransp participa do Grupo de Trabalho de Mobilidade Urbana do Crea-RJ.
No dia 13 de dezembro, é comemorado o Dia do(a) Engenheiro(a) Avaliador(a) e Perito(a) de Engenharia. A data foi definida pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), por meio da Deliberação n° 46/ 2003, da Comissão de Assuntos Nacionais (CAN), com objetivo de destacar a importância e reconhecimento desses profissionais, que são fundamentais para garantir a segurança e a qualidade dos mais diversos projetos e setores, como imobiliário, jurídico e industrial.
Os(As) engenheiros(as) avaliadores(as) e peritos(as) são responsáveis por vistoriar e avaliar imóveis, terrenos, plantações, patrimônios históricos, equipamentos, maquinários, emitir pareceres e laudos científicos, que podem colaborar nas decisões do Poder Judiciário. Com foco na Perícia, também podem exercer em áreas trabalhistas, previdenciária, acidentes, sinistros e patologias de imóveis e tem como eixo eliminar riscos e perdas em projetos e bem patrimoniais. De modo geral, também analisam valores de bens, direitos e custo de produção, unindo conhecimento técnico e científico.
O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE) é uma entidade federativa, de caráter técnico, encarregada do desenvolvimento das atividades profissionais da Engenharia e da Arquitetura que atuam no campo de bens e perícias, desde 1957. Também está relacionada às principais iniciativas relacionadas à transmissão de conhecimento técnico e treinamento de uma categoria que se destaque no cenário atual. O IBAPE também possui uma Certificação para profissionais registrados no Crea, para reconhecer o domínio da técnica, da ética e do compromisso ambiental, conforme estabelecido a níveis técnicos e sociais.
As atividades desempenhadas pelos profissionais formados neste ramo foram normatizadas pela Resolução Nº 345, publicada em 27 de julho de 1990, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
Como ingressar na carreira?
Para exercer a carreira de Avaliação e Perícia, é preciso ter formação em qualquer área da Engenharia. Após a graduação, a especialização pode ser feita por meio de pós-graduação, como MBA (lato sensu) ou mestrado (stricto sensu) em Engenharia de Avaliações e Perícias. O curso também é oferecido como extensão, oferecido por universidades e instituições de classes, como é o caso da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Na UFF, há o curso de extensão de Engenharia Legal e de Avaliações, que oferece disciplinas como Perícias de Engenharia Elétrica, de Telecomunicações, Ambiental, de Segurança, Noções de Empreendedorismo, Marketing Pessoal, Responsabilidade Civil e Criminal e Noções de Direito Civil e Comercial. O curso apresenta também a avaliação de imóveis sob a nova norma de Avaliações de Bens (ABNT 14653), com Introdução à Inferência Estatística.
Funções
Combinando habilidades técnicas, científicas e conhecimentos multidisciplinares com análise crítica, ao determinar o valor de bens, direitos e custos de produção, desde a investigação de casos na avaliação de danos causados ao meio ambiente até a determinação de valores de um imóvel em processo de desapropriação, esses profissionais atuam das seguintes formas:
- Avaliação de Propriedades: realizam a inspeção e avaliação de terrenos, sejam urbanos ou rurais, edificações e outros recursos imobiliários. Com sua especificação, determinam valores de mercado, custos de produção e valores de quitação;
- Análise de Mercado: atuam, analisam e investigam os motivos das tendências do mercado imobiliário, considerando demanda, fatores que influenciam os preços, a preferência de quem irá investir no setor, sejam moradores, sejam empresas, e as variáveis que influenciam o preço total;
- Conformidade Normativa: atestam que as avaliações estejam de acordo com as regras técnicas estabelecidas pela ABNT;
- Consultorias: esse tipo de Engenharia também é responsável por realizar consultorias em áreas como eficiência energética, acessibilidade e sustentabilidade em diversas instituições, como as de ensino e de agências governamentais.
- Perícias em equipamentos: Para avaliar a segurança e viabilidade do funcionamento de equipamentos, desde o uso para laboratórios, de níveis industriais, até espaços escolares.
O Crea-RJ parabeniza todos os(as) engenheiros(as) avaliadores(as) e peritos(as) pela dedicação ao aplicar inovações na solução e prevenção de problemas, para que o funcionamento de outras Engenharias possam estar a salvo e dentro da legislação vigente. A Engenharia é aplicação de técnicas, inovação, cuidado e segurança na vida da sociedade.
O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, participa da posse de inspetores em Nova Friburgo
Ao dar posse a novos 19 inspetores do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), em Nova Friburgo, nesta quarta, dia 11, Dia do Engenheiro, o presidente do Conselho, engenheiro Miguel Fernández, ressaltou a importância do município para a economia e as engenharias no estado, com sua vocação agrícola e as indústrias têxtil e de metal-mecânica. O município é um dos maiores exportadores de cadeados e fechaduras para a América do Sul.
Ao fazer um balanço positivo da atual gestão, que já nomeou mais de 120 inspetores, o presidente do Crea-RJ anunciou que pretende, no próximo ano, transformar as 32 inspetorias do Crea-RJ em pontos de encontro para valorização dos profissionais das engenharias. As representações do Conselho em todo o estado terão, inclusive, espaços para coworking, a fim de ajudar os profissionais registrados. O Crea-RJ reúne hoje cerca de 110 mil profissionais e mais de 20 mil empresas em todo o estado.
Os inspetores da Região Serrana estão distribuídos por Nova Friburgo (três), Petrópolis (dois), Teresópolis (três), Miguel Pereira (três) e Três Rios (3). Outros cinco inspetores vão atuar em Paraíba do Sul, Sapucaia, Comendador Levy Gasparian, Areal e Sumidouro. Petrópolis tem grande concentração de engenheiros em função da indústria cervejeira da região.
Os inspetores do Crea-RJ atuam como representantes do Conselho junto a entidades públicas e privadas de suas regiões, colaborando também com a fiscalização do exercício legal das profissões do Conselho. A nomeação é publicada em Portaria do Crea-RJ, mas os inspetores atuam como voluntários, sem remuneração.
“Escolhi a Inspetoria de Nova Friburgo para fazer a última posse do ano porque sofri aqui a maior derrota nas eleições de 2023 e quero mostrar que o processo eleitoral democrático é uma coisa e a gestão é outra. Queremos mostrar a unidade que queremos construir em defesa do nosso setor profissional. Através do diálogo vamos entender como podemos trabalhar em conjunto, apesar de não concordarmos em tudo”, afirmou Miguel Fernández, na Inspetoria de Nova Friburgo, no Centro da cidade.
O presidente do Crea-RJ agradeceu a todos “por toparem esse desafio, já que o cargo de inspetor é um trabalho voluntário, em prol do nosso setor profissional”.
Fernández lamentou a demora da posse, mas defendeu que as dificuldades podem acabar ajudando. “Quando fiz o caminho de Santiago de Compostela, o fiz sem pressa e sem pausa para completar o caminho”, lembrou
Além das vocações econômicas do município, Fernández destacou que é preciso estarmos atentos a desafios como o da desordem urbana e da ocupação desordenada das encostas, que tornaram-se flagrantes na tragédia climática de 2011, que o município soube superar com muito trabalho e resiliência.
Miguel destacou a importância dos inspetores que atuam como representantes da presidência, fazendo a intermediação entre o Crea-RJ e os profissionais em campo. Os inspetores vão representar os maiores municípios da Região Serrana, como Teresópolis e Petrópolis, onde a indústria cervejeira é considerada de ponta.
Durante a solenidade, o diretor-geral da Mútua-RJ, Jamerson Freitas, lembrou que os engenheiros e engenheiras devem se associar à entidade que oferece imensos benefícios aos profissionais do Sistema Confea/Crea. A diretora administrativa da Mútua-RJ, Ana Paula Masiero, parabenizou os novos inspetores, colocando a Mútua à disposição deles.
Participaram da solenidade o superintendente técnico do Crea-RJ, engenheiro Leonardo Dutra; os conselheiros Osvaldo Neves, da Câmara de Segurança do Trabalho, e Fernanda Villarinho, da Câmara de Agronomia; o gerente das regionais do Crea-RJ, engenheiro Ronaldo Kampel; o chefe de Gabinete da Presidência, Rodrigo Machado.
Entre os inspetores empossados, um dos profissionais mais experientes é o engenheiro agrônomo Antônio Gualano Consentino Junior, de Friburgo. Ele se formou em 1982 pela Escola de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de Pelotas (RS).
“Quero poder ajudar o produtor rural, representando-os junto ao Crea-RJ e ao poder público”, afirmou Consentino, que recebeu os cumprimentos do vereador eleito Rômulo Pimentel, do Podemos de Friburgo, que foi prestigiar a posse dos inspetores.
“Depois da tragédia de 2011, ficou flagrante a importância das atividades da Engenharia e do Crea-RJ na região. Fico feliz por essa conquista do Consentino e desejo bom êxito na carreira de todos os inspetores do Crea-RJ”, afirmou o vereador Rômulo.
A inspetora Isabela Oliveira com o presidente e a diretora da Mútua, Ana Paula Masiero
As mulheres, como sempre, foram bem representadas entre os inspetores empossados na Região Serrana. Duas delas, Laysa Tamer Alves e Isabela Oliveira são jovens engenheiras civis em Miguel Pereira, município que cresce a cada dia como polo turístico, favorecendo a indústria da construção civil com a construção de hotéis e pousadas na região.
“A função principal do inspetor é aproximar do Crea-RJ os profissionais na ponta, representando a presidência, para uma melhor fiscalização das atividades profissionais que englobam nosso Conselho. Minha expectativa é de contribuir de forma muito positiva para isso”, afirmou a engenheira Isabela.
Em 11 de dezembro, é comemorado o Dia do(a) Engenheiro(a). A data foi escolhida devido à regularização da profissão e à criação do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), assim como os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas), no dia 11 de dezembro de 1973, por meio do Decreto 23.569, de 1933.
O Sistema Confea/Crea é responsável pela verificação, fiscalização e evolução do exercício e das atividades profissionais de Engenharia, Agronomia e Geociências, como também atuam pelo desenvolvimento dessas áreas para a sociedade. As suas competências, tanto em nível federal quanto regional, estão dispostas na Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
Os(as) engenheiros(as) são profissionais que desenvolvem a inovação, a técnica e a criação de serviços e produtos indispensáveis para a sociedade, facilitando e otimizando cada vez mais o dia-a-dia. Até 2020, desde a criação do Sistema em 1936, foram registrados o total de 931.838 mil engenheiros e engenheiros Agrônomos.
Em pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial, em 2015, a Rússia aparecia como o país que mais formava engenheiros no mundo, com 454.436 graduados. No ranking, a China ficou em segundo lugar com 420.387 e os Estados Unidos em terceiro, com 237.826. Os números refletem o investimento em ciência e tecnologia nesses países, principalmente nos emergentes, com incentivos que vêm de programas políticos e econômicos.
O Brasil, mesmo apresentando crescimento, em referência à década de 1990, quando apenas 42 mil engenheiros se formaram no período, ainda encontra-se em desvantagem. Em 2017, se formaram 114.379 engenheiros, o que impacta diretamente no desenvolvimento técnico-científico do Brasil, deixando-o atrás de países, como o Irã, 233.695 engenheiros, e a Indonésia, com 140.169.
Graduação
O curso de Engenharia oferece bacharelado e possui duração média de cinco anos. Trata-se de uma jornada que prepara os estudantes para se tornarem profissionais qualificados em elaborar, projetar, construir e aprimorar estruturas e sistemas. Matemática é a base da Engenharia, assim como Física e Química. A aptidão em resolver problemas e ter pensamento crítico também se tornam essenciais a serem aprimoradas, já que constantemente a profissão lida com desafios substanciais e é necessário soluções inovadoras para ultrapassá-los.
Os alunos também têm a oportunidade de realizar estágios em setores como o da indústria, da construção civil e de energia, onde podem aplicar seus conhecimentos teóricos em situações reais e cotidianas, desenvolvendo, assim, habilidades práticas e elaborar novas tecnologias e sistemas que impactam no desenvolvimento social e econômico da sociedade.
O curso de Engenharia foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC e as atividades desempenhadas pelos profissionais formados na área foram normatizadas pela Resolução N°473, publicada em 26 de novembro de 2002, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
Algumas áreas da Engenharia
- Engenharia Acústica: este(a) engenheiro(a) está designado(a) a trabalhar com modulações de som e vibrações, controlando níveis de ruído para o bem-estar dos indivíduos. Também produzem, transmitem e recebem o som, o reproduzindo de acordo com os ambientes (de estádios a uma sala de cinema), pensando em seus impactos positivos e negativos. Desenvolvem softwares para a otimização acústica e transmissão sonora.
- Engenharia Biomédica: é a área da engenharia que se propõe a implantar, projetar e desenvolver máquinas e softwares da saúde, tanto em diagnósticos quanto no tratamento. Aprimoram sistemas biológicos e médicos, relacionando conhecimentos em medicina, biologia e e própria engenharia. Esse tipo de engenheiro(a) pode atuar em hospitais, clínicas, indústrias e em centros de pesquisa.
- Engenharia Civil: voltado para o planejamento, projeto, construção e manutenção de infraestruturas essenciais, como edifícios, estradas, pontes e sistemas de água e esgoto, os profissionais de Engenharia Civil são fundamentais na segurança, funcionalidade e sustentabilidade das obras. Relevantes para o crescimento urbano e rural, asseguram que toda população tenha acesso a serviços básicos de infraestrutura de forma adequada.
- Engenharia Sanitária: por meio da exploração e no uso racional da água, nos projetos e nas obras de saneamento básico e de saneamento geral, esses profissionais realizam o desenvolvimento de planos para a construção de sistemas de abastecimento de água, drenagem, irrigação pluvial e limpeza urbana e de resíduos, além de realizar inspeções e vistorias sanitárias.
- Engenharia de Pesca: realizam coordenação, vistorias, orientação técnica e estudos para melhor aproveitar os recursos naturais e dos seres aquáticos. Esses(as) engenheiros(as) atuam na cultura, industrialização e utilização biológica de mares, lagos e cursos d´águas. Também criam, armazenam, transportam peixes e outros organismos do ambiente marinho, e elaboram meios de aumentar a atividade pesqueira, assim como participam do controle microbiológico e no melhoramento genético desses seres vivos.
- Engenharia Elétrica: é a área encarregada pela geração, desenvolvimento, transmissão e distribuição da energia elétrica e seus sistemas. São importantes nas atividades ligadas à geração da eletricidade e à implementação das redes de telecomunicações; inspecionam o funcionamento de usinas e redes de alta tensão para que o fornecimento de energia não seja interrompido; atuam no desenvolvimento sustentável ao utilizar energia renovável e limpa, como nos sistemas de energia solar fotovoltaica (uso de paineis para captar a luz proveniente do sol), eólicos (a partir da força dos ventos) e maremotriz (movimento das marés, correntezas e ondas).
Pós-Graduação
A pós-graduação em Engenharia, assim como o mestrado e o doutorado, oferece uma gama de oportunidades para que o profissional possa se desenvolver e melhorar suas habilidades técnicas e teóricas em diversas áreas. O(A) engenheiro(a) pode se especializar em:
- Engenharia de Energia Renováveis: neste segmento, o(a) engenheiro(a) desenvolve soluções sustentáveis que preservam e aproveitam recursos naturais, dando viabilidade técnica e econômica para criar projetos de energias renováveis, como solar, eólica, geotérmica e oceânica, entre outras. Também avaliam impactos ambientais para implementar essas soluções, com análises de viabilidade e assessoria em políticas de energia renovável.
- Engenharia de Segurança no Trabalho: neste segmento, é desenvolvido programas de prevenção e supervisão em instalações, máquinas e equipamentos, emissão de laudos técnicos ao identificar e corrigir possíveis erros que colocam a integridade de funcionários em perigo. Esses profissionais estudam aspectos ergonômicos, psicológicos e médicos, vistoriando também níveis de exposição a agentes que causam danos à saúde como poluentes atmosféricos, calor, barulhos, radiação e alterações na pressão.
- Engenharia de Software: é a área que cria, otimiza e testa softwares, assegurando sua eficiência, funcionalidade, eficácia e qualidade. Seus estudos se voltam para linguagens de programação, segurança da informação, manutenção evolutiva, desenho computacional, tratamento de dados, algoritmos e design de softwares, por exemplo. Na área de pesquisa, podem desenvolver aprendizado de máquinas, em Inteligência Artificial (IA), e engenharia de software sustentável.
- Engenharia de Transportes: engenheiros(as) especializados em gerenciar o tráfego, planejar ações em sistemas de transporte, melhorando a mobilidade urbana, não só em estradas, mas também nos meios ferroviários, hidroviários e aéreos. Possui o foco em ações de estruturar rodovias e fluxos de transportes, minimizando, também, impactos econômicos. Atuam em empresas de topografia, que gerenciam vias urbanas, setores de controle do tráfego e concessionária de rodovias.
Primórdios da Engenharia
Desde o controle do fogo, da domesticação de animais, da invenção da agricultura e do surgimento das grandes cidades, os seres humanos já demonstravam o domínio e desenvolvimento ‘da técnica’: recursos ancestrais criados para melhorar as condições de vida.
A Engenharia é definida como a aplicação de métodos científicos e empíricos ao utilizar os recursos disponíveis na natureza para a otimização da vida e está presente em todos os aspectos do cotidiano, em sua utilização material e intelectual de objetos e serviços. A palavra tem origem no latim ingenium, que significa “habilidade natural” ou “qualidade nata”, relacionada com a capacidade inventiva e criativa da profissão.
Na antiguidade, os egípcios, mesopotâmicos, gregos e romanos já desenvolviam técnicas e conhecimentos práticos para as suas cidades e sua aprimoração pessoal, com áreas seguras e confortáveis. As pirâmides do Egito, os Jardins Suspensos da Babilônia, a Acrópole de Atenas, os aquedutos romanos, o Coliseu de Roma, Teotihuacán e as cidades e pirâmides dos antigos Maias, Incas e Astecas, entre outras construções do período, comprovam a capacidade de aplicar o conhecimento em novas tecnologias.
O primeiro engenheiro registrado na história foi Imhotep, funcionário do Faraó Djoser, responsável pela projeção da Pirâmide de Djoser, por volta de 2.630 a.C, introduzindo o uso de colunas arquitetônicas. Localizada no complexo funerário de Saqqara, norte de Mênfis, a Pirâmide de Djoser é estruturada em alvenaria, possui 62 metros de altura, escalonada em seis degraus e sua base é de 109 por 125 metros, revestida por calcária branca polida.
No Brasil, a primeira escola de Engenharia foi a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, instalada no Rio de Janeiro em 1792, e que foi sucedida pela Real Academia Militar, em 1810. Foi uma exceção do governo português, já que era proibida a abertura de Universidades nas Colônias. E mesmo tendo origem militar, a Academia se dedicava ao estudo de ciências e as mais diversas Engenharias. Foi apenas em 25 de abril de 1874 que ela foi transformada, por um decreto imperial, na Escola Polytechnica do Rio de Janeiro (então, grafada com “y” e “h”), passando a oferecer formação à sociedade civil.
A Minerva
O símbolo da Engenharia é a deusa Minerva, a versão romana da deusa grega Atenas, com uma engrenagem ao seu redor. Essa engrenagem simboliza o bom funcionamento das peças internas, o seu constante movimento e evolução. A Minerva, conhecida como a deusa da sabedoria e da estratégia, representa tais virtudes que são aprimoradas por essa profissão. Porém, apesar da representação oficial ser com a figura feminina da deusa, durante a história do avanço das Engenharias, as mulheres não foram as protagonistas.
No Brasil, de acordo com os dados presentes no relatório “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, elas representavam 22% das engenheiras formadas, uma queda em relação a 2012, quando eram 24,4%. Embora sejam maioria no acesso ao nível superior de ensino, sendo de 21,3% contra 16,8% dos homens, ainda enfrentam barreiras nos cursos das áreas de CTEM (Ciências, Tecnologias, Engenharias, Matemática), o que carrega o estigma social do gênero, como o pensamento de que as mulheres não são racionais, mas dotada de emoções e que não correspondem às exatas.
O Programa Mulher, instituído no Confea desde 2019 e atuante nos 27 conselhos regionais, incluindo o Crea-RJ, tem por objetivo promover a igualdade de oportunidades e garantir que as mulheres sejam valorizadas e reconhecidas em suas carreiras nas diversas modalidades, como a Engenharia e as demais profissões ligadas ao Sistema Confea/Crea. Neste ano, em especial ao Dia Internacional das Mulheres Engenheiras (dia 23 de junho), o Crea-RJ promoveu a palestra da presidente do Instituto Nós Por Elas, advogada Natalie Alves, sobre “Programas, ações, projetos e atividades de valorização das mulheres”.
Nomes femininos pioneiros da Engenharia no Brasil
- Edwiges Maria Becker Hom’meil: a primeira engenheira a se formar no Brasil, em 1917, na Escola Politécnica da UFRJ, abrindo espaço para outras estudantes se inspirarem a seguir a carreira.
- Enedina Alves Marques: foi a primeira engenheira negra do Brasil. Formada em 1945, ela se graduou em Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná (UFPR), rompendo padrões acadêmicos e sociais impostos. Foi a primeira a chefiar a Divisão de Engenharia da Secção de Estatística do Estado do Paraná. Ganhou destaque e reconhecimento ao projetar a Usina Hidrelétrica Capivari Cachoeira.
- Maria Luiza Soares Fontes: foi a primeira mulher a se formar em Engenharia Elétrica, no Instituto de Engenharia de Itajubá, Minas Gerais. Ela recebeu o diploma diretamente de Juscelino Kubitscheck. Seu principal feito foi a padronização do Plano Postal dos Correios e Telégrafos, no Rio de Janeiro.
- Evelyna Bloem Souto: primeira engenheira civil formada na Universidade de São Paulo (USP), no campus de São Carlos, em 1957. Ganhou uma bolsa de estudos em Paris, na França, e ao fazer uma visita a um túnel que estava sendo feito para ligar a França à Itália, foi obrigada a se vestir com roupas masculinas e pintar um bigode em seu rosto.
- Veridiana Victoria Rossetti: primeiraengenheira agrônoma, formada pela Escola Superior de Agronomia Luiz Queiroz, de Piracicaba, São Paulo, em 1937, tornando-se uma referência mundial sobre doenças dos citros.
Premiação Láurea ao Mérito Crea-RJ
Em homenagem ao Dia do Engenheiro, o Crea-RJ realiza anualmente a cerimônia de entrega do Prêmio Láurea ao Mérito. Dividido em duas categorias, o Diploma do Mérito, (honra em vida) e a Inscrição no Livro do Mérito (homenagem pós-mortem), são reconhecimentos aos profissionais que se destacam, ou que se destacaram, em prol da Engenharia, da Agronomia e das Geociências.
A Comissão do Mérito foi instituída pelo Regimento do Crea-RJ e tem por finalidade analisar as indicações dos que, pelo desempenho de atividades profissionais, fazem jus às homenagens conferidas pelo Conselho. São concedidos Diplomas do Mérito para entidades de classe, instituições de ensino e personalidades nacionais e estaduais, que se notabilizaram por ações em prol da Engenharia e da Agronomia, no Estado do Rio de Janeiro. Já a inscrição no Livro do Mérito aos profissionais falecidos é o reconhecimento ao seu valor, manifestado a seus familiares.
O Crea-RJ parabeniza os engenheiros e as engenheiras por suas contribuições para o desenvolvimento da sociedade. O Conselho reafirma seu compromisso em valorizar e defender a Engenharia Nacional, consciente da importância da área para o enfrentamento das questões sociais e a criação de soluções e inovações para o cotidiano. Parabéns a todos e todas pelo trabalho e pela marca que deixam em cada obra, serviço e projeto!
No dia 11 de dezembro de 1933, o Decreto nº 23.569 marcou o início de uma trajetória essencial para o desenvolvimento do Brasil, a criação do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas): uma história construída com ética e responsabilidade, a favor do exercício profissional qualificado e do bem-estar social.
O Confea é a instância superior do Sistema Confea/Crea, uma autarquia de direito público que desempenha um papel estratégico na fiscalização das profissões que movimentam a infraestrutura, a inovação e a sustentabilidade do país. Com sede em Brasília e abrangência nacional, o Conselho Federal atua para defender a sociedade, por meio do exercício legal das profissões.
Ao longo de sua história, o Confea consolidou-se como um órgão regulamentador, contencioso e promotor de condições para o aprimoramento das atividades de Engenharia, Agronomia e Geociências. Entre suas atribuições estão a elaboração de resoluções, o julgamento de questões em última instância, a supervisão dos Creas e da Mútua e a articulação com instituições públicas e privadas em pautas de interesse nacional.
Principais atribuições
Para tanto, no desempenho de seu papel institucional, o Conselho Federal exerce ações:
regulamentadoras, baixando resoluções, decisões normativas e decisões plenárias para o cumprimento da legislação referente ao exercício e à fiscalização das profissões;
contenciosas, julgando em última instância as demandas instauradas nos Creas;
III. promotoras de condição para o exercício, a fiscalização e o aperfeiçoamento das atividades profissionais, podendo ser exercidas isoladamente ou em parceria com os Creas, com as entidades representativas de profissionais e de instituições de ensino nele registradas, com órgãos públicos ou com a sociedade civil organizada;
informativas sobre questão de interesse público; e
administrativas, visando a:
a) gerir seus recursos e patrimônio; e
b) coordenar, supervisionar e controlar suas atividades e as atividades dos Creas e da Mútua, observando, especificamente, o disposto na legislação federal, nas resoluções, nas decisões normativas e nas decisões proferidas por seu Plenário.
Mais especificamente, entre as atribuições do Confea estão baixar e fazer publicar resolução e decisão normativa; homologar ato normativo de Crea; aprovar proposta de composição dos plenários do Confea e dos Creas; julgar, em última instância, matéria referente ao exercício das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea e as infrações ao Código de Ética Profissional, bem como recurso sobre registro, decisão ou penalidade imposta pelos Creas ou sobre decisão da diretoria-executiva da Mútua; promover a unidade de ação entre os órgãos que integram o Sistema Confea/Crea e a Mútua; supervisionar o funcionamento dos Creas e da Mútua; dirimir dúvida, quando houver controvérsia sobre matéria no âmbito do Crea, desde que previamente analisada sob os aspectos técnicos e jurídicos; fixar e alterar as anuidades, emolumentos e taxas a pagar pelos profissionais e pessoas jurídicas; registrar obras intelectuais de autoria de profissionais do Sistema Confea/Crea; posicionar-se sobre matérias de caráter legislativo, normativo ou contencioso de interesse do Sistema Confea/Crea; articular com instituições públicas e privadas sobre questões de interesse da sociedade e do Sistema Confea/Crea; e manter atualizadas as relações de títulos, cursos, instituições ensino, entidades de classe, profissionais e pessoas jurídicas registrados nos Creas (todas as atribuições estão listadas nos artigos 27 da Lei nº 5.194/1966 e 3º do Regimento do Confea).
Cooperação contínua
Para o Crea-RJ, a parceria com o Confea é motivo de orgulho. Ao longo dos anos, essa colaboração tem sido essencial para assegurar a qualidade técnica e ética do exercício profissional, contribuindo diretamente para o desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro e do Brasil. Juntos, desafios são enfrentados e bases para um futuro mais justo são construídas.
A Associação dos Engenheiros Ferroviários (Aenfer) vai realizar, no auditório de sua sede, no Centro do Rio, o 1º Seminário da Comissão de Estudos Metroferroviários do Rio de Janeiro (CEM) no dia 13 de dezembro, sexta-feira, a partir das 8h30.
Durante o seminário serão apresentados trabalhos técnicos realizados pela CEM e pelo Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico Ferroviário (NDF). O evento contará com a presença de personalidades do setor ferroviário, promovendo o compartilhamento de conhecimento e incentivando o debate sobre o futuro do transporte metroferroviário.
A Aenfer fica na Avenida Presidente Vargas, 1733, 6º andar, Centro, Rio de Janeiro.
O Crea-RJ informa que os eventos das entregas de algumas das suas principais premiações serão realizados em uma única grande cerimônia em 2025, na qual os agraciados de 2024 irão receber suas honrarias. A decisão busca concentrar as homenagens em uma solenidade especial, reunindo profissionais, instituições e representantes das áreas tecnológicas em uma celebração marcante. O objetivo é o reconhecimento das contribuições de profissionais e instituições das áreas da Engenharia, da Agronomia e das Geociências que promovem o desenvolvimento, a sustentabilidade e a inovação em suas atuações.
Prêmio Crea-RJ de Meio Ambiente: voltado a reconhecer projetos e profissionais que se destacam na conservação ambiental e no desenvolvimento sustentável no estado do Rio de Janeiro.
Prêmio David Azambuja do Mérito Florestal: homenagem a engenheiros florestais e instituições que realizam contribuições significativas na preservação e manejo sustentável de recursos florestais, em memória do engenheiro David Azambuja.
Prêmio Johanna Döbereiner: tem o objetivo de reconhecer e celebrar personalidades, instituições e entidades que se destacaram por suas contribuições na área da Agronomia e que demonstraram excelência em suas posições, ações, trabalhos, estudos e projetos, promovendo o avanço e o desenvolvimento do campo da Agronomia.
Prêmio José Chacon de Assis - Engenharia Elétrica: criado em homenagem ao engenheiro eletricista José Chacon de Assis, premia aqueles que contribuem para o avanço tecnológico e o bem-estar social na área de engenharia elétrica.
Prêmio Láurea ao Mérito Profissional: dedicado a profissionais de Engenharia, Agronomia e Geociências que, por meio de iniciativas inovadoras ou de impacto social, elevam a importância das suas profissões.
A data e o local do evento serão divulgados em breve. Acompanhe as atualizações no portal e redes sociais do Crea-RJ.
A emoção e o orgulho pelo reconhecimento do esforço na pesquisa acadêmica tomaram conta de alunos, professores e orientadores de importantes instituições de ensino do estado do Rio de Janeiro, que receberam no último dia 3 de dezembro, o XII Prêmio Crea-RJ de Trabalhos Científicos e Tecnológicos, em cerimônia realizada no Clube de Engenharia.
Por meio da entrega de certificados, o Crea-RJ homenageou autores de trabalhos que se destacaram ao produzirem pesquisas nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências. O objetivo da premiação é valorizar os estudantes e seus professores/orientadores, que ajudaram a contribuir para a construção do acervo científico e tecnológico de nosso estado e nosso país, em espaços de referência para a produção de novos conhecimentos.
Pela primeira vez com a predominância feminina na composição mesa solene, participaram a coordenadora e coordenadora-adjunta da Comissão de Educação do Crea-RJ, Gisele Teixeira Saleiro e Débora Candeias; a diretora da Escola Politécnica da UFRJ, Cláudia Morgado; a coordenadora dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia de Produção do Centro Universitário de Volta Redonda, Samantha Grisol da Cruz Nobre; além do presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández e do presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian.
Após dirigir-se diretamente aos premiados, parabenizando-os pela qualidade e competência dos trabalhos, reconhecidos e valorizados com a celebração, o presidente Miguel Fernández destacou a importância da continuidade da premiação, já em sua décima segunda edição. “Assim devem ser os bons e excelentes projetos executados pelas instituições. Que o Prêmio Crea-RJ de Trabalhos Científicos e Tecnológicos chegue ao vigésimo, ao trigésimo, que passe por gestões! Porque as gestões passam, as instituições ficam e aquilo que é bom, que é bem realizado deve permanecer, sendo apenas aperfeiçoado cada vez mais”, comemorou.
A coordenadora Gisele Saleiro falou do orgulho da oportunidade de estar à frente da Comissão de Educação e poder compartilhar o momento com colegas que, um dia, já foram seus professores. “Já fui aluna do IME, da Uenf e é uma grande honra estar aqui, agora do outro lado, com professores e amigos”. Ela lembrou ainda que a atual composição da Comissão de Educação é toda de professores e como isso reforçou o compromisso com a premiação. “Este prêmio é uma demonstração não só de parceria com as instituições de ensino, mas como a Comissão de Educação e todo o Crea-RJ valorizam a ciência, a tecnologia e a pesquisa”.
Nesta edição, que teve como tema O Desafio da Mudança Climática para o Futuro da Engenharia, foram contemplados 81 trabalhos e/ou projetos de conclusão de curso referentes ao ano de 2023: monografias, dissertações e teses apresentadas em instituições de nível superior - graduação, mestrado e doutorado.
Em 2024, pela primeira vez, a escolha do tema do Prêmio Crea-RJ de Trabalhos Científicos e Tecnológicos foi feita pelas próprias instituições de ensino. por meio de votação de representantes que compõem o Colegiado das Instituições de Ensino Superior do Crea-RJ - CDIES, foi possível definir uma, entre temáticas iniciais propostas, que estavam vinculados ao tema central da soea do ano de 2024 “Inovação, Tecnologia e Inovação para um Futuro Sustentável”.
Ao todo, receberam a premiação 115 autores de 15 instituições de ensino do estado, que receberam troféus pela participação: Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam), Centro Universitário de Volta Redonda (Unifoa), Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB), Instituto Militar de Engenharia (IME), Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), Universidade Cândido Mendes, Universidade de Vassouras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Iguaçu, Universidade Santa Úrsula e Universidade Veiga de Almeida.
Desde a primeira edição, em 2011, já foram contemplados com o Prêmio Crea-RJ de Trabalhos Científicos e Tecnológicos, mais de 900 trabalhos de 1.406 autores e 110 instituições de ensino do estado do Rio de Janeiro.
Ao final da solenidade, foram sorteadas, entre os premiados presentes, cinco participações na 80ª SOEA, que ocorrerá em outubro de 2025, em Vitória; três bolsas de 100% em MBA de Engenharia de Custos, oferecidas pelo Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos - IBEC; e uma bolsa de 100% para qualquer uma das capacitações do Sebrae-RJ, no ano de 2025.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), engenheiro Miguel Fernández, empossa mais 19 inspetores da Região Serrana do Rio, em solenidade a ser realizada na Inspetoria de Nova Friburgo (Praça Presidente Getúlio Vargas 105), nesta quarta-feira, dia 11 de dezembro, às 16h.
Com essa posse, chegará a 123 o número de inspetores nomeados pela atual gestão, iniciada em janeiro deste ano. Os inspetores da Região Serrana estão distribuídos por Nova Friburgo (três), Petrópolis (dois), Teresópolis (três), Miguel Pereira (três) e Três Rios (3). Outros cinco inspetores vão atuar em Paraíba do Sul, Sapucaia, Comendador Levy Gasparian, Areal e Sumidouro. Petrópolis tem grande concentração de engenheiros em função da indústria cervejeira da região.
Os inspetores do Crea-RJ atuam como representantes do Conselho junto a entidades públicas e privadas de suas regiões, colaborando também com a fiscalização do exercício legal das profissões do Conselho. A nomeação é publicada em Portaria do Crea-RJ, mas os inspetores atuam como voluntários, sem remuneração.
O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, ressalta que o papel dos inspetores é muito importante para encaminhar as demandas de cada região do estado:
“Não podemos ser um espaço cartorário que funciona mal. Estamos trabalhando arduamente para mudar essa realidade. Estamos implantando um processo de informatização pesado. O Crea-RJ tem que ser protagonista na defesa dos interesses do nosso setor, das empresas, dos profissionais e das entidades. Um inspetor é um cargo honorífico, um trabalho voluntário pela causa das engenharias. O papel do inspetor é importante para dar capilaridade ao Crea e encaminhar as demandas de cada região”, afirmou Miguel Fernández.
O presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Nova Friburgo (AEANF), Daniel Cardoso, afirmou que é a grande expectativa em torno das novas nomeações de inspetores que vão atuar na Região Serrana:
A nomeação de inspetores do Crea-RJ é muito importante, já que a critério da diretoria do Crea-RJ, podem representar o presidente na região”, afirmou Cardoso, acrescentando que “faz parte da história da AEANF trabalhar em parceria com os inspetores, assim como desenvolver propostas e ações locais”. Fundada em 17 de julho de 1969, a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Nova Friburgo reúne cerca de 130 profissionais.
No dia 10 de dezembro é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. A data faz referência à Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), proclamada pela Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), em 10 de dezembro de 1948, na cidade de Paris, França.
A DUDH tem o propósito de assegurar os direitos de todos os seres humanos, independentemente da religião, etnia, nacionalidade, cor, sexo, orientação sexual, condições econômicas e convicções políticas. É composta de um preâmbulo e trinta artigos. Já inspirou a criação de constituições de países democráticos, como o Brasil na Constituição de 1988, e diversas convenções como a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965) e a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminção contra as Mulheres (1979).
O documento, o primeiro de caráter universal e que todas as nações aspiram alcançar em suas práticas políticas e sociais, é traduzido em mais de 500 idiomas e representa um avanço nas questões de proteção à vida, à liberdade e à igualdade entre os cidadãos do mundo.
A Declaração dos Direitos é pioneira em sua abrangência, mas países como os Estados Unidos, em sua Declaração de Independência de 1776, e a França, com a Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão de 1789 (obra que deu origem à Revolução Francesa), já demonstravam a relevância de assegurar direitos essenciais para a dignidade humana e nos deveres a serem cumpridos em suas normas.
Contexto histórico
Com o início da Guerra Fria e como resposta às atrocidades cometidas durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais - armas químicas e campos de extermínio, ocorreu um movimento mundial, com o objetivo de traçar metas e limites para o estabelecimento da paz entre as nações. O comitê da redação da DUDH, formado por juristas e diplomatas, foi liderado principalmente por Eleanor Roosevelt (Estados Unidos), John Peters (Canadá), Peng Chun Chang (Taiwan), Charles Dukes (Reino Unidos), Alexander Bogomolov (União Soviética), René Cassin (França), Hernán Santa Cruz (Chile), William Hodgson (Austrália) e Charles Malik (Líbano).
A confirmação aconteceu por meio da Declaração 217 A (III), emitida na 3ª Sessão da Assembleia Geral da ONU. Com a participação de 58 delegações, foi aprovada por 48, incluindo o Brasil, contra oito que se abstiveram e duas que não participaram da votação.
Eleanor Roosevelt foi a presidente da Comissão, responsável pela edição final do texto. O jornalista, ensaísta e membro da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo Athayde, também ganhou destaque por ter sido o participante que se dedicou à elaboração da redação da Declaração dos Direitos Humanos.
Logo no preâmbulo, destaca-se que, ainda com os desprezos dos direitos individuais que levaram às barbáries enfrentadas nas guerras e ao genocído, a Declaração tem como objetivo assegurar que todos os povos e nações tenham acesso ao ensino e à educação, direito de liberdade, progresso e condições plenas de desenvolvimento da vida. Também reforça que sejam protegidos, perante a lei, da opressão e tirania.
O artigo 1° já diz que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”, dando o tom ao documento. O artigo 7° diz que: “Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação”, reforçando as práticas democráticas em sua base, como também no que se refere ao direito de locomoção, à moradia, ao saneamento básico e partipação nas tomadas de decisão coletiva.
O que mudou em 76 anos?
Apesar dos avanços e conquistas em diversas nações, ainda há mudanças a serem feitas, tal como o fim da fome no mundo e a garantia aos direitos das mulheres, como no caso do Afeganistão. A retomada do poder pelo grupo Talibã, em 2021, as afegãs perderam o seu direito à educação, de trabalhar, sair na rua sozinha e até mesmo de mostrar seus rostos.
E mesmo com 23 milhões de pessoas fora da situação de fome no Brasil, em 2023, representando uma queda de 11,4 pontos percentuais, como divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda existem 8,7 milhões que precisam de alimentação. A queda deste quantitativo reflete o investimento político em criação de rendas por meio de programas sociais e a reinserção de desempregados no mercado de trabalho, por exemplo. Porém, humanizando-se os dados, há ainda um caminho longo para se percorrer para o fim da fome em larga escala.
No Brasil, o feminicídio aumentou, passando de 1.437 casos por ano em 2022, para 1463 em 2023, contabilizando um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior, segundo dados do Monitor de Violência e do Fórum de Segurança Pública. A população negra e LGBTQIA+ também sofre com perseguições, tendo a sua liberdade privada pela intolerância. Dados do Anuário de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) de 2023, mostram que houve um aumento de 67% nos crimes de injúria racial, homofobia, transfobia e racismo, em relação ao ano de 2022, impedindo a livre circulação e a expressão de forma culturais diversas.
A Anistia Internacional Brasil (movimento global que realiza ações e campanhas para que os direitos humanos sejam respeitados e protegidos), destaca algumas demandas, como fim de assasinato de jovens negros pelas forças de segurança, eliminação do feminicidio e da violêncioa de gênero - criando-se delegacias especializadas e espaço de acolhimento - e proteção aos ambientalistas. Por meio de leis e regulamentos, com a participação da sociedade, pode-se desenvolver a construção de um espaço mais seguro e livre para os cidadãos. O Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos garante esse envolvimento entre as pessoas, com medidas de proteção individual e coletiva, trazendo participação racial e de gênero nas discussões.
O Crea-RJ celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos e destaca a data para refletir que a construção de uma sociedade democrática e justa não se dá apenas com construções físicas sem olhar para as pessoas, mas com o fortalecimento e garantia de direitos básicos a todos, como moradia, água potável, alimentos e acesso à educação e saúde. Os progressos tecnológicos, seja nas Engenharias, seja na Agronomia, acontecem quando melhoram e otimizam a capacidade humana de bem-estar e segurança.